"A explosão no bairro de al-Rimal, na cidade de Latakia, causou até agora três mortos e 12 feridos", disse a agência, acrescentando que as equipas de proteção civil e os residentes continuam a procurar outros feridos e eventuais desaparecidos.
Segundo o grupo de resgate conhecido como 'Capacetes Brancos', há civis feridos e presos sob os escombros da explosão num edifício de quatro andares.
O incidente ocorre uma semana depois de Latakia ter sofrido a pior onda de violência dos últimos anos, quando militares e apoiantes remanescentes do regime do deposto Presidente Bashar al-Assad lançaram uma série de ataques contra unidades de segurança da nova administração síria.
A resposta das forças aliadas do novo Governo sírio foi a realização de "execuções" e "assassínios a sangue frio" contra civis, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) -- uma organização que acompanha o conflito na Síria desde 2011 --, que afirmou que cerca de 1.500 civis foram mortos, incluindo 1.400 da minoria alauíta, um ramo do xiismo professado pela família al-Assad.
As Nações Unidas, por sua vez, afirmaram ter identificado 111 mortos.
Sexta-feira, o enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, advertiu que a transição no país está em risco, três meses após a queda do regime de al-Assad, se não houver uma investigação sobre os recentes atos de violência.
O Presidente interino da Síria, Ahmed al-Chareh, ordenou a criação de uma comissão independente que deverá apresentar as suas conclusões no próximo mês, a fim de esclarecer os acontecimentos e levar os responsáveis a tribunal.
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