"O PAIGC apresentou uma queixa-crime contra o presidente da CNE por causa de crimes cometidos durante o processo eleitoral" pelo líder da CNE, José Pedro Sambú, afirmou à Lusa Carlos Pinto Pereira, advogado do partido.
Questionado pela Lusa sobre os alegados crimes em causa, Carlos Pinto Pereira remeteu mais esclarecimentos para quarta-feira.
O candidato às presidenciais apoiado pelo PAIGC e também presidente do partido, Domingos Simões Pereira, pediu no final da semana passada a impugnação dos resultados da segunda volta das presidenciais do país, realizadas a 29 de dezembro, que deram a vitória ao candidato Umaro Sissoco Embaló.
No sábado, numa conferência de imprensa, Domingos Simões Pereira explicou que impugnou no Supremo Tribunal de Justiça os resultados eleitorais, alegando que a transparência e a justiça não estão comprovadas no registo de voto expressos nas atas das assembleias de voto e "muito menos na transposição das atas síntese para os quadros informáticos em tratamento".
"Por isso [foi interposto] o recurso judiciário esperando que as instâncias competentes deem a conhecer ao povo e à nação guineense a garantia de quem de facto mereceu a preferência dos guineenses para decidir o seu destino nos próximos cinco anos", disse Domingos Simões Pereira.
O Supremo Tribunal de Justiça notificou segunda-feira a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e Umaro Sissoco Embaló na sequência das alegadas irregularidades denunciadas por Domingos Simões Pereira.
Segundo a lei eleitoral, a CNE e Umaro Sissoco Embaló têm até quarta-feira para se pronunciarem.
O Supremo Tribunal de Justiça deverá anunciar a sua decisão até sexta-feira.
Segundo os resultados provisórios apresentados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), o general Umaro Sissoco Embaló venceu o escrutínio com 53,55% dos votos, enquanto o candidato Domingos Simões Pereira, apoiado pelo PAIGC, conseguiu 46,45%.