A Organização Mundial de Saúde (OMS) escreve no seu último relatório sobre a variante de coronavírus que teve origem na cidade de Wuhan, na China, que a sua "avaliação de risco não mudou desde a avalição realizada no dia 22 de janeiro: muito alto na China, alto a nível regional e alto a nível global".
Esta avaliação vem, porém, corrigir a três anteriores, onde o risco global era classificado apenas como "moderado". Assim explica a OMS em nota de rodapé: "Erro nos relatórios de avaliação de situação publicados a 23, 24 e 25 de janeiro, que classificou incorretamente o risco a nível global como moderado".
A correção, divulgada na noite de domingo, 26 de janeiro, chega depois de três dias de relatórios com uma avaliação de risco errada.
Quando questionada pela AFP, a porta voz da organização, Fadela Chaib, indicou que se tratou de "um erro de formulação".
O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, era esperado esta segunda-feira em Pequim para discutir a situação com as autoridades chinesas. Precisamente no mesmo dia em que as autoridades confirmaram a primeira morte em resultado do coronavírus na capital chinesa.
Recorde-se que a doença, com o nome provisório de 2019-nCoV, foi identificada como um novo tipo de coronavírus, semelhante à pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong. Os sintomas associados à infeção são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, como falta de ar.