"Por favor, tenham em consideração as declarações que serão feitas por fontes oficiais. Não acreditem em afirmações infundadas", pediu o Centro de Combate à Desinformação numa mensagem citada pela agência de notícias turca Anadolu.
O sismo foi sentido às 12:49 locais (10:49 em Lisboa) e foi seguido por várias réplicas, incluindo uma de magnitude 5,0, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).
A Agência Nacional de Gestão de Catástrofes (AFAD) e o ministro do Interior, Ali Yerlikaya, disseram que o terramoto ocorreu ao largo de Silivri, no Mar de Mármara.
O sismo e pelo menos duas das réplicas foram fortemente sentidos em todos os bairros da enorme cidade de 16 milhões de habitantes, situada no Bósforo e no Mar de Mármara, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
Milhares de pessoas correram para as ruas em pânico, mas as autoridades não tinham comunicado quaisquer vítimas ou danos cerca de duas horas e meia depois do primeiro abalo.
"Até agora, não recebemos nenhum pedido de ajuda, como ligar para o 112 e dizer 'a nossa casa ou edifício ruiu'", disse o ministro do Interior, citado pela Anadolu.
Mesmo assim, todas as mensagens das autoridades iam no sentido da maior cautela enquanto as equipas de emergência e socorro verificavam os locais.
A câmara de Istambul apelou aos cidadãos para que se mantivessem afastados de edifícios danificados e que evitassem circular de automóvel.
"Todos os nossos serviços de emergência estão em alerta máximo. De acordo com as informações de que dispomos nesta fase, nenhum edifício ruiu. Estamos a prosseguir as buscas", declarou a câmara.
O Presidente Recep Tayyip Erdogan disse que estava a "acompanhar de perto a evolução da situação".
A Turquia é atravessada por duas falhas que já causaram inúmeras tragédias no passado.
Istambul vive com medo do "Big One", o grande terramoto, por estar situada a 20 quilómetros da falha da Anatólia do Norte.
Os especialistas mais pessimistas preveem um terramoto com uma magnitude de pelo menos 7,0 até 2030, o que poderia provocar o colapso parcial ou total de centenas de milhares de edifícios.
O sudeste do país sofreu um violento terramoto em fevereiro de 2023, que matou pelo menos 53.000 pessoas e devastou a antiga cidade de Antakya, anteriormente conhecida como Antioquia.
O bairro de Silivri alberga uma das principais prisões do país, onde estão detidos o presidente da câmara de Istambul, Ekrem Imamoglu, da oposição, e o patrono das artes e filantropo Osman Kavala.
Foi também para lá que foram levados muitos dos manifestantes detidos durante os protestos que se seguiram à detenção de Imamgolu, em 19 de março, que foi preso em Silivri seis dias depois.
A rede de entreajuda dos pais dos jovens detidos declarou nas redes sociais que o estabelecimento prisional não sofreu qualquer dano, segundo a AFP.
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