"As tentativas do regime israelita e de certos grupos de interesses especiais para fazer descarrilar a diplomacia, utilizando várias táticas, são evidentes", disse Abbas Araghchi, que está a realizar uma visita à China.
O chefe da diplomacia iraniana disse que as forças de segurança do Irão estão em "alerta máximo" devido ao que descreveu como anteriores tentativas de sabotagem e operações de homicídio para "provocar uma resposta legítima" de Teerão.
O conflito de anos entre o Irão e Israel tem sido marcado por operações de sabotagem e assassínios, com Teerão a acusar Telavive, que nunca confirmou tais ações.
No ano passado, os dois inimigos trocaram, pela primeira vez, ataques diretos com mísseis.
Araghchi acrescentou que Israel e aquilo a que chamou "grupos de interesses especiais", mas sem explicar a que se referia, procuram manipular a opinião pública com "alegações e argumentos fantásticos".
O Irão e os Estados Unidos realizaram recentemente duas rondas de conversações com vista a um novo acordo sobre o programa nuclear iraniano, que ambas as partes descreveram como construtivas, e vão reunir-se pela terceira vez no sábado.
Israel, inimigo de Teerão, tem-se oposto a estas negociações e, de acordo com o jornal norte-americano The New York Times, apresentou um plano de ataque ao país persa ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que o rejeitou.
Durante o primeiro mandato, o Presidente norte-americano abandonou o acordo nuclear de 2015 assinado entre o Irão e seis potências ocidentais, que limitava o programa nuclear iraniano em troca do levantamento das sanções.
Desde então, o Irão tem vindo a enriquecer urânio muito para além dos limites previstos nesse acordo e possui agora 8.294 quilogramas, 274 dos quais com 60% de pureza.
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