Vilnius, a capital da Lituânia, divulgou esta quarta-feira um plano de evacuação que inclui, entre vários incidentes, o que fazer em caso de invasão à cidade. O plano vai ao encontro das crescentes preocupações devido à invasão russa da Ucrânia, lançada em parte a partir da Bielorrússia.
Vilnius, localizada a menos de 200 quilómetros da fronteira com a Bielorrússia, tem mais de 600 mil habitantes e tenciona realizar uma evacuação total em menos de 48 horas.
O plano de evacuação divide-se em duas partes: uma secção privada para as instituições que tratam da logística de resposta e uma secção pública que descreve os procedimentos de evacuação dos residentes.
"Um plano de evacuação preparado não significa necessariamente que estamos à espera de uma ameaça real e que nos preparamos para evacuar a cidade. Vários acontecimentos dos últimos anos, como a queda de um avião mesmo no quintal dos residentes de Vilnius, mostraram como é importante estar preparado para os novos desafios locais", adiantou o presidente da Câmara de Vilnius, Valdas Benkunskas, citado pela imprensa local.
O plano será feito em cinco etapas e os habitantes serão avisados através de sirenes, alertas por telemóvel, canais oficiais de comunicação social e contas municipais nas redes sociais, com instruções personalizadas sobre o que fazer com base na sua localização.
Os alertas, que deverão ser atualizados em tempo real, incluem o itinerário a seguir, o local de concentração e os tempos de evacuação estimados.
Prevê-se ainda que a evacuação seja efetuada de três formas: pelos residentes de forma independente, com assistência municipal ou através de apoio especializado para indivíduos que recebem serviços sociais ou de assistência ao domicílio.
Segundo o plano, as pessoas que não podem sair sozinhas são aconselhadas a dirigir-se ao ponto de encontro mais próximo, com 60 pontos espalhados pela cidade. Depois, os residentes serão agrupados e transportados em comboios escoltados.
Já quem não conseguir chegar a um ponto de encontro, poderá ligar para uma linha direta da proteção civil para obter ajuda de voluntários.
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