O anterior balanço apontava para 7.736 pessoas infetadas e 170 mortos.
Os números anunciados hoje dizem respeito às últimas 24 horas e representam mais 43 mortos e quase mais dois mil casos de infeção em relação aos últimos dados avançados pelas autoridades chinesas.
A grande maioria dos casos ocorreu na província de Hubei e na sua capital, Wuhan, o epicentro do surto.
Segundo o relatório diário da Comissão Nacional de Saúde, atualizado às 04:00 (20:00 de quinta-feira em Lisboa), o número de pacientes em estado grave é de 1.527, enquanto 171 pessoas já receberam alta.
O surto começou em dezembro na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, no centro da China, e na quinta-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou emergência de saúde pública internacional, num momento em que a epidemia se espalhou para mais de uma dúzia de países.
Uma emergência de saúde pública internacional supõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.
Para a declarar, a OMS considera três critérios: uma situação extraordinária, risco de rápida expansão para outros países e resposta internacional coordenada.
Esta é a sexta vez que a OMS declara emergência de saúde pública internacional.
A cidade chinesa de Wuhan, epicentro do surto do novo coronavírus, está isolada do mundo desde há uma semana, como a quase totalidade da província de Hubei, onde vivem 56 milhões de pessoas, impedidas de deixar a região.
Os Estados Unidos e o Japão retiraram parte dos seus concidadãos de Wuhan. Portugal vai igualmente repatriar cidadãos da mesma cidade chinesa, juntamente com outros países europeus.
Várias companhias aéreas decidiram suspender ou reduzir os seus voos para a China continental face à propagação do novo coronavírus (família de vírus que pode causar pneumonia viral).
A Rússia anunciou na quinta-feira a intenção de fechar 4.250 quilómetros de fronteira com a China e o Cazaquistão ordenou o encerramento das ligações em autocarro, avião e comboio com o mesmo país vizinho.