Etiópia, Sudão e Egito entendem-se sobre barragem no Nilo Azul
O Egito, a Etiópia e o Sudão adiaram até ao final de fevereiro a assinatura de um acordo sobre a barragem no Nilo Azul, que provoca desde há nove anos tensões regionais, conforme um comunicado comum divulgado hoje.
© Reuters
Mundo Nilo Azul
Reunidos desde terça-feira em Washington, com representantes do Departamento do Tesouro dos EUA e do Banco Mundial, os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Água dos três Estados "concluíram um acordo" preliminar em vários assuntos-chave, entre os quais o calendário de enchimento do reservatório da futura barragem etíope, que vai ser o maior empreendimento hidroelétrico em África.
"Os ministros solicitaram às equipas técnicas e jurídicas que preparassem o acordo definitivo", que vai incluir os compromissos já alcançados, para "uma assinatura pelos três países até ao final de fevereiro"
Com uma extensão de 1,8 quilómetros e uma altura de 145 metros, a barragem, cujos trabalhos começaram em 2011, inquietam vivamente o Egito, situado a jusante, uma vez que o Nilo lhe satisfaz 97% das suas necessidades de água. Por seu lado, a Etiópia garante que precisa criticamente desta eletricidade para o seu desenvolvimento.
Em meados de janeiro, os ministros tinham dado conta de progressos sobre o principal ponto: o ritmo e a modalidade de enchimento do reservatório da futura barragem, que deve conter 74 mil milhões de metros cúbicos de água.
O Nilo Azul, que nasce na Etiópia, junta-se ao Nilo Branco em Cartum, no Sudão, para formar o Nilo, que atravessa o Sudão e o Egito antes de desaguar no Mediterrâneo.
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