Madem G-15 exorta parlamento a dar posse a Sissoco Embaló até dia 19

O coordenador do Movimento para a Alternância Democrática (Madem G-15), Braima Camará, exortou hoje o parlamento da Guiné-Bissau a dar posse a Umaro Sissoco Embaló, como Presidente da Republica, sem que a cerimónia passe de 19 deste mês.

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Lusa
05/02/2020 21:23 ‧ 05/02/2020 por Lusa

Mundo

Guiné-Bissau

"Esperamos que o parlamento tenha o bom senso de marcar a data da investidura do Presidente da Republica, numa cerimónia que não pode passar do dia 19", observou Braima Camará, numa conferência de imprensa convocada por partidos e líderes políticos que apoiaram Sissoco Embaló na segunda volta das eleições presidenciais de 29 de dezembro.

Para o líder do Madem G-15, "nada impedirá que Umaro Embaló seja consagrado Presidente de todos os guineenses" e que o próprio Supremo Tribunal de Justiça, onde decorre um contencioso eleitoral, na sequência do recurso apresentando por Domingos Simões Pereira, "compreendeu aquela mensagem".

Braima Camará disse que manda uma "mensagem clara às forças ocultas internas e externas" que pretendem defraudar a vontade dos guineenses, avisando-os de que "qualquer manobra terá uma resposta".

O coordenador do Madem G-15 sublinhou ser incompreensível que o mesmo processo seja apreciado por mais do que uma vez por parte do Supremo Tribunal de Justiça.

O dirigente partidário lembrou que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) já se pronunciou sobre os resultados eleitorais, dando vitória à Umaro Sissoco Embaló e instou o Governo a assumir as suas responsabilidades.

Braima Camará frisou que a posse do novo Presidente deve ser a principal agenda do país neste momento e alertou a CEDEAO (Comunidade Económica de Estados da África Ocidental) sobre a sua responsabilidade perante o impasse político na Guiné-Bissau.

O líder do Madem G-15 pediu serenidade ao povo guineense, lembrando que a CEDEAO deu um ultimato até sexta-feira para que todo o processo eleitoral seja concluído.

A CNE divulgou em 1 de janeiro os resultados provisórios das eleições presidenciais, sem, segundo o Supremo Tribunal de Justiça, ter terminado o apuramento nacional.

Na sequência de um recurso de contencioso eleitoral, de Domingos Simões Pereira, apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), o Supremo Tribunal de Justiça já tinha emitido um acórdão a pedir o cumprimento do artigo 95.º da Lei Eleitoral, tendo mais tarde, numa aclaração, insistindo na necessidade de realizar o apuramento nacional.

A CNE, por seu lado, tem alegado que concluiu o processo com a divulgação dos resultados definitivos, que dão a vitória a Umaro Sissoco Embaló, com 53,55% dos votos, enquanto Domingos Simões Pereira teve 46,45%.

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