Erdogan pede "ações concretas" a Macron e Merkel sobre Idlib
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu hoje "ações concretas" para impedir uma "catástrofe humanitária" na província rebelde síria de Idlib, em contacto telefónico com os dirigentes francês, Emmanuel Macron, e alemã, Angela Merkel, indicou a presidência turca.
© Reuters
Mundo Síria
"O nosso presidente sublinhou a necessidade de parar a agressão do regime e seus apoiantes em Idlib e insistiu na importância de ações concretas para impedir uma crise humanitária", afirmou a presidência num comunicado.
Na quinta-feira, o governo alemão referiu que Merkel e Macron tinham dado conta da sua "preocupação" relativamente à "situação humanitária catastrófica" na província de Idlib (noroeste) num telefonema com o presidente russo, Vladimir Putin, cujo país é o principal aliado de Damasco.
A chanceler alemã e o presidente francês "manifestaram a sua vontade de se encontrarem com o presidente Putin e o presidente Erdogan para encontrar uma solução política para a crise", adiantou.
A presidência turca não referiu no seu comunicado a eventual realização de uma cimeira a quatro.
Em Moscovo, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse hoje à imprensa que "a possibilidade de uma cimeira está a ser discutida".
A Turquia anunciou na quinta-feira que dois dos seus soldados tinham sido mortos no noroeste da Síria num ataque aéreo atribuído ao regime sírio, fazendo aumentar para 16 o número de militares turcos mortos na região desde o início de fevereiro.
A região de Idlib tinha sido objeto de um acordo de diminuição da violência entre Ancara e Moscovo, violado nas últimas semanas.
O regime de Bashar al-Assad, apoiado pela aviação russa, intensificou em dezembro a ofensiva para recuperar este último grande bastião 'jihadista' e rebelde e tem conseguido avanços.
Os bombardeamentos diários do regime e do seu aliado russo nos últimos dois meses à região de Idlib obrigaram a um êxodo sem precedentes desde o início da guerra no país, que causou milhões de deslocados e refugiados e matou mais de 380.000 pessoas desde 2011.
A Turquia teme que a situação na região fronteiriça leve a um novo fluxo de refugiados. O país já acolhe mais de 3,6 milhões de sírios.
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