O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, apelou hoje ao encerramento temporário das escolas públicas "a partir de 2 de março até às férias da primavera", que começam geralmente no final de março no Japão.
"O governo coloca a saúde e a segurança das crianças acima de tudo", declarou Abe, defendendo a tomada de "medidas rigorosas" para evitar a propagação do Covid-19, que já infetou perto de 190 pessoas no país.
O adiamento do início do ano letivo faz parte das medidas "extraordinárias" tomadas pela Coreia do Norte para se proteger da epidemia, indicaram hoje os media.
Pyongyang não registou até agora qualquer caso do coronavírus, que apareceu em dezembro na cidade chinesa de Wuhan, mas tem uma infraestrutura de saúde frágil e já tomou várias medidas preventivas.
Foi um dos primeiros países a encerrar as fronteiras, suspendeu as ligações aéreas e ferroviárias, proibiu as visitas de turistas e impôs uma quarentena de 30 dias para os suspeitos de terem o vírus.
Os estrangeiros são alvo das maiores restrições: desde o início de fevereiro que são obrigados a ficar em casa em quarentena.
Na vizinha Coreia do Sul, local onde se regista o maior contágio fora da China continental, foi anunciado hoje o adiamento de exercícios militares com os Estados Unidos, após Seul ter declarado o nível de alerta mais alto, "grave".
Perto de 1.600 pessoas foram infetadas na Coreia do Sul e 12 morreram devido ao coronavírus, tendo os exercícios militares sido adiados indefinidamente.
Vários eventos foram suspensos no país devido à epidemia, como o campeonato nacional de futebol e os mundiais de ténis de mesa, que foram adiados.
A epidemia do coronavírus Covid-19 já causou 2.800 mortos e infetou mais de 82.000 pessoas, de acordo com dados reportados por 48 países e territórios.