Covid-19: Suíça proíbe eventos que juntem mais de mil pessoas

A Suíça decidiu hoje proibir pelo menos até 15 de março qualquer evento público ou privado que reúna mais de mil pessoas para limitar a transmissão do novo coronavírus, designado Covid-19.

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Lusa
28/02/2020 10:46 ‧ 28/02/2020 por Lusa

Mundo

Coronavírus

"Devido à situação atual e à propagação do coronavírus, o Conselho Federal (Governo suíço) decidiu declarar a situação que atualmente prevalece na Suíça de situação específica nos termos da lei sobre epidemias e (...) proibir eventos públicos e privados que reúnam mais de 1.000 pessoas simultaneamente", segundo um comunicado do Governo.

Esta proibição entra imediatamente em vigor e será aplicada pelo menos até 15 de março.

"Essas medidas provaram ser eficazes em outros países" e cumprem as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), indicou o ministro da Saúde da Suíça, Alain Berset, em conferência de imprensa.

Em eventos com menos de mil pessoas, os organizadores devem, em colaboração com as autoridades, avaliar os riscos para determinar se podem ou não os organizar.

"Observamos nos últimos dias que os casos se espalharam amplamente em todo o mundo (...), em particular nos países vizinhos da Suíça, refiro-me, em especial, na Itália e na Alemanha", declarou Berset aos jornalistas.

"Mesmo que as autoridades desses países estejam a fazer tudo para controlar a situação, começa a escapar-lhes", salientou o ministro.

Desde terça-feira, a Suíça também foi afetada pela epidemia do Covid-19.

"É uma evolução que não é uma surpresa" e "temos 15 pessoas com resultados positivos [do coronavírus]", afirmou Berset.

"Devemos esperar um aumento [do número] de casos nos próximos dias", alertou o ministro da Saúde.

O Covid-19, detetado em dezembro na China e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.858 mortos e infetou mais de 83 mil pessoas, de acordo com dados reportados por meia centena de países e territórios.

Das pessoas infetadas, mais de 36 mil recuperaram.

Além de 2.788 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão.

 

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