Mortos nos EUA pelo novo coronavírus sobem para nove
Os receios sobre o efeito da rápida propagação do novo coronavírus aumentaram nos Estados Unidos, com o número de mortos a subir para nove e a oposição a questionar a eficácia do Governo para lidar com a crise.
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Mundo EUA
Todas as nove mortes ocorreram no estado Washington e a maioria estava num lar de idosos no subúrbio da cidade de Seattle, quando o número de casos registados de infeção confirmada ultrapassou os 100, espalhados por pelo menos 14 estados.
"O que está a suceder agora nos Estados Unidos pode ser o início do que já está a suceder noutros países", disse Nancy Messonnier, do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, recordando que na China as pessoas mais velhas e doentes são as mais vulneráveis ao surto de Covid-19.
Em Washington, as autoridades procuram encontrar soluções para a rápida propagação do novo coronavírus e a Reserva Federal norte-americana anunciou o maior corte de taxa de juros em mais de uma década, para tentar evitar danos maiores à economia dos EUA.
As paralisações nas fábricas e as restrições de viagens e outras interrupções causadas pela epidemia continua a provocar nervosismo nos mercados, com as bolsas a permanecerem em queda.
"Estamos a assistir a uma disseminação mais ampla do vírus. Por isso, vemos um risco para economia e optámos por agir", disse o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, para explicar a decisão de descida de taxa de juros.
No Capitólio, a oposição ao Governo questiona a eficácia do plano montado pelo Presidente, o republicano Donald Trump, e mostra-se preocupada com a falta de liderança no projeto de combate à crise de saúde pública.
"Estou a ouvir profissionais de saúde que me dizem que (o plano do Governo) não é realista", disse Patty Murray, senadora democrata do estado de Washington, o mais afetado pelo vírus nos EUA.
O diretor da agência de Alimentos e Medicamentos, Stephen Hann, disse que a sua organização está a trabalhar com uma empresa privada para levar até 2.500 'kits' de teste aos laboratórios, até final da semana.
Cada 'kit' deve permitir que um laboratório execute cerca de 500 testes, mas as autoridades continuam a ser cautelosas, quando questionadas sobre a eficácia do plano montado pela Casa Branca.
"Sou otimista, mas prefiro permanecer humilde", disse Anne Schuchat, dirigente do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, que alerta para a possibilidade de o novo coronavírus estar a circular sem ter sido detetado, há várias semanas.
A senadora Patty Murray declarou que as pessoas no seu estado de Washington estão assustadas e refere que já ouviu várias a dizer que querem fazer o teste, mas não sabem sequer onde se dirigir.
Perante os receios da população, uma escola nos subúrbios de Seattle já fechou as portas, enquanto um departamento de segurança no sul do estado de Washington instruiu todos os seus funcionários a trabalhar a partir de casa, depois de um trabalhador ter sido dado como infetado.
O surto de Covid-19, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.100 mortos e infetou mais de 90.300 pessoas em cerca de 70 países e territórios, incluindo duas em Portugal.
Das pessoas infetadas, cerca de 48 mil recuperaram, segundo autoridades de saúde de vários países.
Além de 2.943 mortos na China, onde o surto foi detetado em dezembro, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América, San Marino e Filipinas.
A Organização Mundial de Saúde declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional de risco "muito elevado".
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