"Temos de confirmar o primeiro caso de coronavírus no nosso país", anunciou o ministro da Saúde do Chile, Jaime Mañalich.
O doente viajou durante um mês pelo sudeste asiático, especialmente por Singapura, tendo estado também na Malásia, Indonésia, Maldivas e Espanha. Regressou ao Chile no dia 25 de fevereiro.
"Estamos a contactar todas as pessoas, incluindo parentes, que possam ter estado perto dessa pessoa, para as colocar em quarentena nos próximos dias", acrescentou o ministro, detalhando que o paciente está em boas condições no Hospital de Talca, cidade a 350 quilómetros a sul da capital chilena, Santiago.
O diretor do Hospital de Talca, Alfredo Donoso, explicou que o paciente começou com sintomas respiratórios no domingo, dia em que decidiu ir a uma consulta.
"O exame deu positivo. De acordo com o protocolo, passou para uma sala de isolamento", indicou.
O anúncio oficial deste caso aconteceu depois de o Governo argentino confirmar também o primeiro caso do novo coronavírus no país
Os casos de infeção na Argentina e no Chile elevam para 17 os casos confirmados em seis países na América Latina: sete no Equador, cinco no México, dois no Brasil, um na República Dominicana, um na Argentina e outro no Chile.
O surto de Covid-19, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.100 mortos e infetou mais de 90.300 pessoas em cerca de 70 países e territórios.
Das pessoas infetadas, cerca de 48 mil recuperaram, segundo autoridades de saúde de vários países.
Além de 2.943 mortos na China, onde o surto foi detetado em dezembro, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América, San Marino e Filipinas.
A Organização Mundial de Saúde OMS declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional de risco "muito elevado".