Um decreto que proíbe "a exportação de material médico de proteção (máscaras, luvas, macacões, etc.)" foi hoje publicado , indicaram em comunicado conjunto os Ministérios da Saúde e do Interior.
A unidade de crise criada por estes dois Ministérios esclareceu que só são possíveis exceções "sob certas condições", em particular para ajuda humanitária e salientou que "o fornecimento de material médico de proteção é uma urgência específica".
Na Alemanha, foram confirmados, até ao momento, 240 casos de Covid-19 em 15 dos 16 Estados federados ("Länder") do país, segundo um balanço do Instituto Robert Koch, a autoridade federal para controlo de doenças.
Mais de metade dos casos estão localizados na Renânia do Norte-Vestfália, onde o ministro da Saúde anunciou hoje a compra de um milhão de máscaras de proteção para os profissionais da saúde.
Além da Alemanha, a França também tomou medidas sobre a produção de máscaras protetoras.
Na terça-feira, o Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que o Estado requisitou "todos os 'stocks' e a produção de máscaras protetoras" para distribuir pelos profissionais de saúde e pessoas com o novo coronavírus.
O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.200 mortos e infetou mais de 93 mil pessoas em 78 países, incluindo cinco em Portugal.
Das pessoas infetadas, cerca de 50 mil recuperaram.
Além de 2.983 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas.
Um português tripulante de um navio de cruzeiros está hospitalizado no Japão com confirmação de infeção.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou cinco casos de infeção, dos quais quatro no Porto e um em Lisboa.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para "muito elevado".