Para evitar a propagação do vírus no país, o ministro da Saúde, Saeed Namaki, indicou que as autoridades vão colocar postos de controlo para limitar as viagens entre as principais cidades e as escolas e as universidades vão permanecer fechadas até 20 de março.
O ministro incentivou ainda a população a reduzir o uso de dinheiro, uma vez que ajuda na disseminação do novo coronavírus.
Na semana passada, as autoridades de Teerão anunciaram restrições à livre circulação no Irão para pessoas infetadas ou suspeitas de estarem infetadas com o novo coronavírus.
"Em vez de colocar cidades em quarentena, vamos implementar restrições à circulação daqueles que são suspeitos de estarem infetados ou que estão infetados", referiu Saeed Namaki.
Hoje, as autoridades iranianas elevaram para 107 o número de mortos pelo novo coronavírus no país, onde há 3.513 casos confirmados de infeção.
O novo balanço foi avançado pelo porta-voz do Ministério da Saúde, Kianoush Jahanpour, numa conferência de imprensa na televisão.
"Infelizmente, 15 pessoas morreram, elevando o número de mortos para 107", indicou Jahanpour, acrescentando que 591 novos casos de pessoas infetadas foram confirmados desde quarta-feira.
O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.300 mortos e infetou mais de 95 mil pessoas em 79 países, incluindo oito em Portugal.
Das pessoas infetadas, mais de 50 mil recuperaram.
Além de 3.012 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas, San Marino, Iraque, Suíça e Espanha.
Um português tripulante de um navio de cruzeiros está hospitalizado no Japão com confirmação de infeção.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou oito casos de infeção, dos quais seis no Porto, um em Coimbra e um em Lisboa.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para "muito elevado".