De acordo com o texto, ao qual a agência de notícias Efe teve acesso, também são proibidos todos os fóruns com a participação de pessoas "vindas do estrangeiro" (sem distinção), incluindo eventos desportivos e culturais realizados no país.
Em caso de encontros desportivos, podem participar equipas estrangeiras, mas desde que sejam realizados à porta fechada.
Todas estas proibições estão presentes numa circular emitida pelo porta-voz do Governo marroquino, Hassan Abiyaba, e dirigida especificamente aos presidentes de federações desportivas, delegados ministeriais regionais, diretores de serviços autónomos e diretores centrais dos Ministérios.
Até ao momento, os únicos eventos que não estão sujeitos a proibições são os "moussem", festivais tradicionais que se realizam ao ar livre, quase sempre no meio rural e com motivos agrícolas.
Nos últimos dias, o Governo cancelou eventos com presença internacional, como um salão agrícola, um desfile de moda, um salão de chás e um fórum político, além de obrigar a Liga marroquina a realizar todas as provas à porta fechada a partir de hoje.
Marrocos registou, até agora, dois casos de contaminação do novo coronavírus, ambos em pessoas que regressaram de uma viagem no norte de Itália, um deles uma mulher, com 89 anos, que se encontra em estado crítico.
O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.300 mortos e infetou mais de 95 mil pessoas em 79 países, incluindo oito em Portugal.
Das pessoas infetadas, mais de 50 mil recuperaram.
Além de 3.012 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas, San Marino, Iraque, Suíça e Espanha.
Um português tripulante de um navio de cruzeiros está hospitalizado no Japão com confirmação de infeção.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou oito casos de infeção, dos quais seis no Porto, um em Coimbra e um em Lisboa.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para "muito elevado".