Os lares de idosos e centros de dia em Espanha enviaram comunicações às famílias e amigos dos residentes a pedir que colaborem na prevenção e proteção dos mais velhos, evitando visitas se tiverem sintomas de problemas respiratórios, como tosse, muco, falta de ar ou febre.
Nas cartas enviadas, as instituições admitem que esta é uma "medida extrema de segurança", mas lembram que o Covid-19 é uma doença nova e que os idosos "são muito frágeis e têm várias patologias", sendo, por isso, mais vulneráveis ao contágio.
Na Itália, a medida foi mais impositiva, tendo sido hoje publicado um decreto que limita temporariamente as visitas de parentes a lares e as saídas dos idosos sem ser em casos absolutamente necessários.
O governo italiano, que fechou escolas em todo o país para tentar conter o coronavírus, abriu uma campanha para pedir aos cidadãos que "façam sua parte" para limitar a contaminação dos mais velhos, já que a população idosa corre o risco de sobrecarregar o sistema público de saúde com casos de coronavírus.
A Itália, epicentro do surto na Europa, tem a população mais idosa do mundo, a seguir ao Japão.
Os idosos são particularmente vulneráveis à doença Covid-19, sendo que as 107 pessoas que morreram até agora naquele país são todas idosas, doentes com outras complicações ou ambas.
O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, já provocou cerca de 3.300 mortos e infetou mais de 95 mil pessoas em 79 países, incluindo oito em Portugal.
Das pessoas infetadas, mais de 50 mil recuperaram.
Além de 3.012 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas, San Marino, Iraque, Suíça e Espanha.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para "muito elevado".