Covid-19. Doze casos detetados em tripulantes de navio cruzeiro no Nilo

As autoridades egípcias anunciaram hoje que detetaram 12 casos positivos de infeção com o novo coronavírus entre os tripulantes a bordo de um navio de cruzeiro no rio Nilo, no sul do Egito.

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Lusa
06/03/2020 15:25 ‧ 06/03/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

Em comunicado, o Ministério da Saúde explicou que os 12 casos foram detetados em funcionários egípcios de um navio de cruzeiro que efetuava o percurso entre Assuão e Luxor, dois locais turísticos no Alto Egito, "sem que apresentassem sintomas" da doença.

As autoridades foram alertadas depois de um turista de Taiwan "nascido nos EUA" que viajou no cruzeiro ter sido considerado a causa de propagação da doença, segundo a nota conjunta com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A OMS indicou às autoridades que os testes revelaram que esse turista é "o principal caso que infetou outras pessoas", acrescenta o comunicado, sem adiantar mais detalhes.

Os 12 funcionários egípcios suspeitos de terem sido infetados foram colocados em quarentena e deram positivo no teste de despistagem do Covid-19 após duas semanas de isolamento.

Segundo o comunicado, outros turistas que entraram em contacto com o turista infetado também foram colocados em quarentena.

O Egito já tinha confirmado três casos do novo coronavírus - incluindo um chinês que, entretanto, já recuperou - elevando o número de casos confirmados no país para 15.

O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou 3.385 mortos e infetou mais de 98 mil pessoas em 87 países e territórios, incluindo 13 em Portugal.

Das pessoas infetadas, mais de 55 mil recuperaram.

Além de 3.042 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas, San Marino, Iraque, Suíça, Espanha, Reino Unido e Países Baixos.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para "muito elevado".

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