Cerca de 3.650 pessoas que estavam em quarentena nas províncias de Kangwon e Chagang foram autorizadas na quinta-feira a regressar à normalidade, informou a rádio oficial norte-coreana, citada hoje pela agência de notícias sul-coreana Yonhap.
O líder norte-coreano, Kim Jong-Un, alertou em fevereiro as "sérias consequências" de uma possível disseminação do coronavírus no país.
Por causa disso, suspendeu as ligações aéreas e ferroviárias com o mundo exterior e proibiu a chegada de turistas ao país.
Devido ao fraco sistema de saúde no pai, muitos especialistas acreditam que a prevenção é para Pyongyang a única maneira de evitar uma grave crise de saúde provocada pelo Covid-19.
O país vizinho, a Coreia do Sul é o segundo país com mais casos de Covid-19 no mundo depois da China, e tem sido o país que regista mais novos casos da doença todos os dias.
As autoridades de saúde sul-coreanas anunciaram hoje 367 novos casos de contágio pelo novo coronavírus, elevando para 7.134 o total de infetados no país, onde já morreram 50 pessoas com a doença Covid-19.
Segundo as autoridades sul-coreanas, Kim enviou uma mensagem pessoal de "conforto" endereçada ao povo sul-coreano.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou cerca de 3.600 mortos entre mais de 105 mil pessoas infetadas numa centena de países e territórios.
Das pessoas infetadas, cerca de 60 mil recuperaram.
Depois de a China ter colocado 60 milhões de pessoas em quarentena para tentar travar a epidemia, a Itália anunciou uma medida idêntica no Norte do país, que pode afetar cerca de 16 milhões de pessoas em cidades como Milão, Veneza ou Parma.
A Itália registou já 233 mortos em quase seis mil pessoas detetadas com o novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.
Em Portugal, estão confirmados 21 casos de infeção e o Governo anunciou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte.
Foram também encerrados temporariamente alguns estabelecimentos de ensino secundário e universitário.
A ministra da Saúde, Marta Temido, admitiu que o risco da epidemia em Portugal poderá ser reavaliado nas próximas horas, e levar à adoção de novas medidas excecionais.