A informação foi confirmada pelo deputado e filho do chefe de Estado brasileiro, Eduardo Bolsonaro, que acrescentou que o Presidente não apresenta sintomas.
"O Presidente Bolsonaro fez teste para coronavírus e aguarda o resultado. Porém, o Presidente não tem sintomas da doença", escreveu Eduardo Bolsonaro na rede social Twitter.
Segundo a imprensa local, o próprio deputado Eduardo Bolsonaro fez parte da comitiva que viajou aos EUA e também foi submetido ao exame que identifica infetados pelo novo coronavírus.
Também a primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, e os ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e de Minas e Energia, Bento Albuquerque, fizeram hoje o exame, de acordo com o jornal O Globo.
O exame que dirá se o Presidente da República está, ou não, infetado pelo novo coronavíros deverá ser conhecido na sexta-feira.
O Palácio do Planalto, local de trabalho do Presidente do Brasil, já tinha anunciado na manhã de hoje que Jair Bolsonaro estava sob vigilância médica, depois de o chefe da Secretaria Especial de Comunicação da Presidência ter tido resultado positivo para o teste ao novo coronavírus.
"O Serviço Médico da Presidência da República adotou e está a adotar todas as medidas preventivas necessárias para preservar a saúde do Presidente da República e de toda comitiva presidencial que o acompanhou em recente viagem oficial aos Estados Unidos, bem como dos servidores do Palácio do Planalto", lê-se no comunicado.
O documento acrescentou que as medidas se justificam "porque um dos integrantes do grupo, o secretário de Comunicação da Presidência da República, Fábio Wajngarten, é portador do novo coronavírus", confirmado "em contraprova já realizada".
Wajngarten deverá cumprir todas as recomendações médicas, em quarentena domiciliar, e só regressará ao seu trabalho quando não houver risco de transmissão da doença.
A nota do Governo brasileiro conclui informando que as autoridades dos EUA já foram notificadas da ocorrência para que possam adotar as medidas cautelares necessárias.
A medida foi adotada porque o secretário de comunicação do Governo brasileiro esteve nos EUA numa viagem oficial, realizada entre sábado e terça-feira.
Jair Bolsonaro foi acompanhado por Wajngarten e vários ministros, que viajaram no avião oficial e participaram num jantar oferecido pela delegação do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Florida.
Por sua vez, Donald Trump disse hoje não estar preocupado com a possibilidade de ter contraído o coronavírus, apesar de ter contactado com o assessor de imprensa do Governo brasileiro diagnosticado com Covid-19.
A Casa Branca confirmou que, de momento, não há a intenção de testar Donald Trump, que no último domingo se encontrou com o Presidente brasileiro Jair Bolsonaro, no seu 'resort' em Mar-a-Lago (Florida), onde esteve em contacto com Fabio Wajngarten.
"Vou colocar a questão desta maneira: não estou preocupado", disse Trump, quando questionado sobre o caso Wajngarten, que colocou, na sua página da rede social Instagram, uma foto ao lado do Presidente dos EUA.
O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.600 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.