Dublin pede restrição de movimentos a quem chegue de Itália e Espanha

O ministro da Saúde irlandês, Simon Harris, apelou hoje às pessoas que cheguem de Espanha e Itália para "restringirem os seus movimentos" e interações sociais para impedir a propagação do novo coronavírus.

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Lusa
13/03/2020 12:46 ‧ 13/03/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

"Não se trata de se auto-isolarem, mas devem limitar os seus movimentos e, por exemplo, trabalharem a partir de casa, se puderem", sugeriu Harris, que lembrou que a República da Irlanda passou da fase de "contenção" para a de "retardamento".

Harris anunciou que equipas das autoridades de saúde vão estar nos aeroportos e portos do país a receber pessoas que cheguem de Espanha e da Itália, para apresentar uma série de recomendações.

A partir de hoje e até 29 de março, todas as escolas, universidades e jardins de infância na Irlanda vão ficar encerrados, e os museus e locais turísticos fechados, numa altura em que milhares de turistas normalmente visitam o país para as comemorações do Dia de São Patrício, a 17 de março.

No total, até o momento, foram diagnosticados 70 casos de Covid-19 na República da Irlanda, tendo sido registada a morte de uma pessoa, na quarta-feira, enquanto na província britânica da Irlanda do Norte contaram-se 20 casos, mas sem vítimas mortais.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.900 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar a doença como pandemia.

O número de infetados ultrapassou as 131 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 112 casos confirmados.

A China registou nas últimas 24 horas oito novos casos de infeção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), o número mais baixo desde que iniciou a contagem diária, em janeiro.

Até à meia-noite de quinta-feira (16:00 horas de quarta-feira, em Lisboa), o número de mortos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, subiu para 3.176, após terem sido contabilizadas mais sete vítimas fatais. No total, o país soma 80.813 infetados. A Comissão Nacional de Saúde informou que até à data 64.111 pessoas receberam alta após terem superado a doença.

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.

A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 15.000 infetados e pelo menos 1.016 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.

 

 

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