Netanyahu deveria comparecer no tribunal na terça-feira para responder a acusações de fraude, quebra de confiança e aceitação de suborno, relacionados com uma série de escândalos políticos e já tinha feito o pedido de adiamento da sessão a 10 de março, mas este tinha sido recusado.
No entanto, na sequência das medidas de emergência decretadas pelo governo para conter a propagação do Covid 19, nomeadamente de restringir a concentração de pessoas em locais públicos, o tribunal anunciou hoje o adiamento da sessão até 24 de maio.
Netanyahu é acusado de receber presentes caros de amigos ricos e de oferecer, em troca, favores com poderosos magnatas dos 'media'.
O primeiro-ministro israelita nega qualquer irregularidade e diz-se vítima de uma "caça às bruxas", orquestrada pelos 'media'.
Os seus problemas judiciais estiveram no centro da eleição da passada semana, a terceira em menos de um ano, que mais uma vez terminou com nenhum dos partidos a conseguir suficiente apoio parlamentar para formar Governo.
O líder da oposição, Benny Gantz, recusou um entendimento político com o partido Likud, de Netanyahu, e está agora a tentar coligações com outras forças políticas, para conseguir apoio maioritário no Parlamento.
Benjamin Netanyahu tenta manter-se no poder e conseguir soluções que retirem o país do impasse político, mas o processo judicial constitui um obstáculo ao seu projeto de poder.