"O Serviço Federal de Segurança Federal (FSB) da Rússia deve suspender, a partir da meia-noite, a admissão de cidadãos estrangeiros ou apátridas que queiram entrar na Federação Russa através de postos de fronteira terrestre entre a Rússia e a Polónia e entre Rússia e Noruega para estudar ou exercer atividades profissionais, ou para fazer turismo", lê-se numa ordem de serviço hoje assinada pelo primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin.
A Rússia, que já registou até agora 63 casos de infeção pelo novo coronavírus, encerrou em janeiro a fronteira com a China e chegou hoje a acordo com a Geórgia, onde se registaram 33 casos de Covid-19, para aplicar a mesma medida.
Um novo caso de infeção por Covid-19 foi hoje detetado na região de Moscovo, disse o governador Andréi Vorobiov, citado pela agência RIA Nóvosti, adiantando que se trata de "um venezuelano que chegou de Madrid".
A Rússia também vai restringir o tráfego aéreo com todos os países da União Europeia (UE) e com a Suíça e a Noruega, a partir de segunda-feira, se bem que se apliquem exceções aos voos comerciais e 'charter' que liguem Moscovo e as respetivas capitais, Genebra e Oslo, e vice-versa, sempre e quando servirem para repatriar cidadãos.
A companhia aérea russa Aeroflot anunciou hoje que suspenderá os voos com outras cidades da Europa e com o Uzbequistão - onde hoje foi registado o primeiro caso de coronavírus.
Em causa, estão as ligações com Praga, Frankfurt, Munique, Barcelona, Zurique, Copenhaga, Oslo, Chisinau, Vilnius, Varsóvia, Tallinn e Viena.
A Rússia também anunciou a suspensão da ligação ferroviária com a Letónia, Ucrânia e Moldávia.
As autoridades ucranianas decidiram proibir a partir de segunda e terça-feira, respetivamente, e até 03 de abril, a entrada na Ucrânia de estrangeiros e suspender o tráfego aéreo internacional.
A Moldávia, que até agora registou 23 casos de Covid-19, anunciou hoje o encerramento das fronteiras terrestres e a suspensão de todo o tráfego aéreo com outros países para impedir a propagação do novo coronavírus.
De acordo com o primeiro-ministro moldavo, Ion Chicu, também ocorrerá o encerramento de todas as lojas, restaurantes e bares até pelo menos 31 de março, com exceção das farmácias, lojas de produtos alimentares e postos de gasolina.