"Decidimos fechar todas as fronteiras, terra, mar e ar do nosso país. Isso não diz respeito à entrada e saída de mercadorias", declarou o chefe de Estado.
A medida foi tomada pelo executivo chileno após uma reunião ministerial no Palácio de La Moneda, sede do Governo, e entrará em vigor na quarta-feira.
Essa decisão afetará qualquer pessoa que pretenda entrar no país, exceto residentes chilenos e estrangeiros que terão que passar pela quarentena obrigatória estabelecida de 14 dias.
Os casos de contágio pelo novo coronavírus mais do duplicaram em 24 horas, de 75 para 155 no Chile.
Outras medidas já tomadas neste fim de semana pelo Governo foram a suspensão das aulas por duas semanas, a possibilidade de funcionários públicos com mais de 70 anos ou pertencentes a grupos de risco trabalharem em casa, flexibilidade de horário ou restrição de viajar para o exterior para trabalhadores do setor público.
Quanto às reuniões públicas, apesar de a livre circulação de cidadãos ainda não ter sido restringida, Piñera anunciou que são proibidos eventos de mais de 50 pessoas.
"Para financiar as despesas extraordinárias do plano de trabalho para proteger a saúde dos chilenos contra o novo coronavírus, estamos a utilizar o fundo especial de 220.000 milhões de pesos (235 milhões de euros) que anunciamos na sexta-feira passada", disse o Presidente.
O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 já provocou mais de 6.500 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ronda as 168 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 148 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 331 casos confirmados. Do total de infetados, mais de 77 mil já recuperaram.
