Nicolás Maduro pede 4,5 mil milhões de euros de financiamento ao FMI
A Venezuela pediu hoje ao Fundo Monetário Internacional (FMI) cinco mil milhões de dólares norte-americanos (4,5 mil milhões de euros) para fortalecer o sistema de saúde venezuelano na deteção e resposta à Covid-19, anunciou o ministro de Relações Exteriores.
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Mundo Venezuela
"O Presidente Nicolás Maduro solicitou, formalmente ao FMI um financiamento de cinco mil milhões de dólares, para fortalecer as capacidades de resposta do nosso sistema de saúde na contenção da Covid-19. Outra ação oportuna para proteger o povo", escreveu Jorge Arreaza na sua conta do Twitter.
O governante anexou à mensagem uma fotocópia da carta, de duas páginas, enviada pelo Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, à diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva.
O documento explica que "o Governo bolivariano tem executado diferentes medidas de prevenção e controle" exaustivas, "para responder a esta contingência e proteger o povo venezuelano".
"Recorremos ao seu honorável organismo para solicitar a sua avaliação, em relação à possibilidade de conceder à Venezuela uma facilidade de financiamento de cinco mil milhões de dólares do fundo de emergência do Instrumento de Financiamento Rápido (IFR), recursos que contribuirão significativamente para robustecer os nossos sistemas de deteção e resposta" à pandemia, lê-se no documento.
Nicolás Maduro explica que "neste momento crucial e ciente da agressividade e do alto nível de contágio desta doença", a Venezuela continuará "a tomar medidas rápidas e vigorosas para impedir a propagação" da Covid-19.
O chefe de Estado considera, aidna, que, "em permanente coordenação com a Organização Mundial da Saúde e com o apoio mútuo entre os países do mundo, será possível superar esta difícil situação.
"Somente sob o espírito de solidariedade, fraternidade e disciplina social, podemos superar as conjunturas que surjam e saberemos proteger a vida e o bem-estar dos nossos povos", lê-se.
Na segunda-feira, durante uma alocução televisiva ao país, Nicolás Maduro alertou que a Covid-19 está a desencadear uma crise sem precedentes no petróleo e na economia nacional, com o petróleo venezuelano a cotar-se a 28 dólares o barril, um valor inferior ao de produção.
Nesse mesmo dia, Nicolás Maduro ordenou "quarenta social coletiva" para todo o país, uma "medida drástica" que disse ser necessária para evitar a propagação do Covid-19.
O Presidente venezuelano já tinha ordenado, no domingo, que a cidade de Caracas e outros seis dos 24 estados do país ficassem em quarentena por tempo indeterminado.
Na Venezuela existem 33 casos confirmados de Covid-19 e o país, onde vive uma numerosa comunidade portuguesa, está, desde sexta-feira, em "estado de alerta", que permite ao executivo decretar "decisões drásticas" para combater a pandemia.
Constitucionalmente, os estados de alerta têm uma duração de 30 dias, prorrogáveis por igual período.
Foram suspensos os voos provenientes da Europa, Colômbia, Panamá e da República Dominicana, estando também restringidas as entradas de pessoas provenientes do Irão, do Japão e da Coreia do Sul.
Além das escolas, também os clubes culturais e recreativos de portugueses em Caracas estão fechados, sendo obrigatório usar máscaras de proteção no metropolitano e no sistema ferroviário. O acesso às praias e parques está também interditado.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram.
Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
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