O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) pretendem evitar a partida de refugiados cuja reinstalação noutros países já tinha sido aprovada.
"Uma vez que vários países estão a limitar drasticamente a entrada no seu território e a impor restrições nas viagens aéreas, devido à crise de saúde mundial causada pela Covid-19, o processo de colocação dos refugiados está a sofrer uma forte perturbação", informaram ambas as agências.
As duas agências das Nações Unidas salientaram igualmente que os países suspenderam, temporariamente, o acolhimento de refugiados como forma de conter a propagação do novo coronavírus, que já infetou mais de 189 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 7.800 morreram.
A ACNUR e a OIM lembraram que "as viagens internacionais podem aumentar a exposição dos refugiados ao vírus e confirmaram que esta suspensão manter-se-á em vigor "enquanto for estritamente necessário". Contudo, solicitaram aos países para que "sempre que possível, permitam as viagens nos casos mais críticos".
Um total de 70 milhões de pessoas por todo o mundo foram forçadas a abandonar os seus lares devido a conflitos, perseguição, violência e violação dos direitos humanos, sendo que 20 milhões são refugiados, de acordo com as Nações Unidas.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram.
Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Os países mais afetados depois da China são a Itália, com 2.503 mortes para 31.506 casos, o Irão, com 988 mortes (16.169 casos), a Espanha, com 491 mortes (11.178 casos) e a França com 148 mortes (6.633 casos).
Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.