OMS: "Não assuma que não vai ser infetado. Prepare-se como se fosse"

Tedros Adhanom Ghebreyesus reiterou, esta quarta-feira, a importância das medidas de distanciamento físico e do compromisso dos países com a sua implementação.

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© Reuters/Denis Balibouse

Anabela Sousa Dantas
18/03/2020 16:57 ‧ 18/03/2020 por Anabela Sousa Dantas

Mundo

Covid-19

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou hoje que sabe que os vários países estão a lidar com a pandemia ligada à Covid-19 "em diferentes níveis", mas que tem falado com diversos chefes de Estado, responsáveis de saúde, diretores de hospitais, líderes industriais, CEO's, para os "ajudar a preparar e a estabelecer prioridades".

"Não assuma que a sua comunidade não vai ser afetada. Prepara-se como se fosse. Não assuma que não vai ser infetado. Prepare-se como se fosse", pediu Tedros Adhanom Ghebreyesus, esta quarta-feira, numa videoconferência a partir de Genebra (Suíça), indicando, porém, que "existe esperança".

"Há muitas coisas que todos os países podem fazer. Medidas de distânciamento físico, como cancelar eventos desportivos, concertos e outros ajuntamentos podem: ajudar a desacelerar a transmissão do coronavírus; reduzir a pressão sobre o sistema de saúde; ajudar a tornar as epidemias controláveis, permitindo medidas adequadas", indicou.

Para poder "controlar e suprimir uma epidemia, os países têm que isolar, testar, tratar e encontrar ligações", afiançou. Se assim não for, "as cadeias de transmissão podem continuar em níveis mais baixos e depois ressurgir assim que são levantadas as medidas de distanciamento físico".

A OMS diz ainda ter consciência de que "há países a atravessar epidemias intensas com transmissões comunitárias em larga escala" e que entendem o nível de esforço que é requerido para travar a propagação. "Mas pode ser feito", acrescenta o responsável.

"Este coronavírus representa uma ameaça sem precedentes. Mas também é uma ocasião sem precedentes para unirmo-nos contra um inimigo comum, um inimigo da Humanidade", declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus.

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 8.000 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ronda as 208 mil pessoas, com casos registados em cerca de 150 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 642 casos confirmados e duas mortes. Do total de infetados a nível global, mais de 82 mil recuperaram.

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