França prepara regresso de nacionais que se encontram no estrangeiro

O Governo francês está a preparar uma ponte aérea, em parceria com a companhia Air France, para permitir o regresso dos franceses que se encontram retidos no estrangeiro na sequência do fecho das fronteiras devido à pandemia da Covid-19.

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Lusa
19/03/2020 06:18 ‧ 19/03/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

"Vai ser posto em prática muito rapidamente um mecanismo global e mundial, por via aérea, para permitir o regresso dos franceses a França, em conjunto com a Air France", garantiram, em comunicado conjunto, o ministro dos Negócios Estrangeiros, o ministro do Interior e o secretário de Estado dos Transportes.

"Este mecanismo assenta num plano de transporte aéreo adaptado para o mundo inteiro, em função das prioridades e urgências locais. Permitirá também a cada cidadão reservar um bilhete de regresso junto de uma companhia", acrescentaram Jean-Yves Le Drian, Christophe Castaner e Jean-Baptiste Djebbari.

Vários países suspenderam as ligações aéreas com a Europa, novo epicentro da pandemia de Covid-19, deixando em terra dezenas de milhares de franceses.

"Estamos na condição de propor, em conjunto com as companhias aéreas mobilizadas, soluções comerciais razoáveis para o regresso dos nossos compatriotas a casa", sublinha o documento.

O ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Jean-Yves Le Drian, pediu paciência a todos os viajantes.

"É verdade que é difícil e é difícil para todos. É necessário, com tranquilidade e serenidade, ter sangue frio, cada um esperar a sua vez", afirmou no canal de televisão BFM TV.

Entre seis a sete mil franceses estão retidos em Marrocos e quatro mil na Tunísia.

Desde a passada sexta-feira 90 voos, vários especiais, permitiram retirar cerca de 20 mil franceses que se encontravam em Marrocos.

Cerca de 30 voos foram também organizados para permitir os regressos de franceses na Tunísia, informou Jean-Yves Le Drian, que convidando aqueles que vivem no estrangeiro a evitar, tanto quanto possível, viagens internacionais, inclusive o regresso a França, a não ser por razões imperativas.

"Pensamos que para a sua própria segurança, e para lutar contra este vírus, é necessário ficar em casa. E se está em casa no estrangeiro, que fiquem em sua casa no estrangeiro", sublinhou o governante.

Segundo mesmo o documento, para aqueles que residem no espaço europeu e que desejem regressar a França são aconselhadas viagens de avião em detrimento do atravessar de fronteiras terrestres.

 O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 210 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.750 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 84.000 recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se já por 170 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Os países mais afetados depois da China são a Itália, com 2.978 mortes para 35.713 casos, o Irão, com 1.135 mortes (17.350 casos), a Espanha, com 558 mortes (13.716 casos) e a França com 175 mortes (7.730 casos).

Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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