Ucrânia estima ter 335 mil milhões em recursos em território ocupado

A Ucrânia estima ter 350 mil milhões de dólares (cerca de 335 mil milhões de euros) em recursos naturais "críticos", incluindo titânio, em território ocupado pela Rússia, disse hoje a vice-primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko.

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© Kostiantyn Liberov/Libkos/Getty Images)

Lusa
23/02/2025 13:54 ‧ há 4 horas por Lusa

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"Temos informações de que, infelizmente, materiais críticos no valor de cerca de 350 mil milhões de dólares estão em território temporariamente ocupado", disse numa conferência de imprensa em Kyiv, numa altura em que existem tensões com os Estados Unidos sobre uma proposta de acordo sobre minerais ucranianos.

 

Yulia Sviridenko alertou que Moscovo utilizará recursos como o alumínio para reforçar a sua aviação e citou o alumínio, o urânio, o lítio e as terras raras entre os recursos críticos da Ucrânia.

A responsável, que é também ministra da Economia, sublinhou a importância de a Ucrânia melhorar a sua capacidade de processamento desses recursos e disse que é necessário realizar uma nova avaliação geológica do seu subsolo para poder oferecer estimativas atualizadas do valor dos recursos naturais dos quais Trump quer beneficiar.

Desde há várias semanas que Donald Trump exige o equivalente a 500 mil milhões de dólares (478 mil milhões de euros) em terras raras como compensação, na sua opinião, pelo apoio norte-americano a Kyiv face à invasão russa, condições que são inaceitáveis para a Ucrânia nesta fase.

A Ucrânia continua a trabalhar para fechar o acordo proposto a Kyiv por Washington para que os EUA possam ter acesso à exploração dos recursos naturais ucranianos como pagamento pela assistência oferecida desde o início da invasão russa, explicou hoje o chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andrí Yermak, na mesma conferência.

"Ninguém rejeitou nada", disse Yermak, em Kyiv. O chefe do gabinete presidencial ucraniano acrescentou que o processo de trabalho para finalizar os detalhes do acordo continua de forma "normal" e insistiu que o documento final deve refletir tanto "o interesse nacional da Ucrânia" como os interesses dos seus parceiros.

Yermak fez estas declarações depois de representantes da administração do presidente dos EUA, Donald Trump, incluindo o próprio presidente, terem censurado o líder ucraniano Volodymyr Zelensky por não ter aceitado para já a proposta feita pelos EUA.

Zelensky explicou que o acordo original apresentado pelos EUA era inaceitável para a Ucrânia, uma vez que não incluía qualquer referência a garantias de apoio contínuo dos EUA em troca do acesso aos recursos naturais ucranianos.

Yermak sublinhou mais uma vez a importância de qualquer acordo de paz alcançado com a Rússia que ofereça sólidas garantias de segurança para que a Ucrânia não

Trump tinha prometido acabar rapidamente com a guerra na Ucrânia, desencadeada pela invasão russa há três anos, mas desde uma conversa telefónica com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, em 12 de fevereiro, retomou a retórica do Kremlin sobre a responsabilidade das autoridades ucranianas no conflito e descreveu o presidente ucraniano como um "ditador sem eleições".

Leia Também: Primeiro-ministro britânico reafirma compromisso com a Ucrânia

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