Hamas e mediadores seguem atraso na libertação de prisioneiros

O grupo islamita Hamas informou hoje os mediadores do Egito e do Qatar sobre o atraso de Israel na libertação de prisioneiros palestinianos, após seis reféns israelitas terem sido libertados em Gaza, disse o líder da organização na Cisjordânia.

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© Abed Rahim Khatib/Anadolu via Getty Images

Lusa
22/02/2025 19:26 ‧ há 7 horas por Lusa

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Médio Oriente

"Estamos a tentar, com mediadores do Qatar e do Egito, resolver as questões pendentes", disse Zaher Jabarin, em declarações à Al Jazeera do Qatar.

 

O grupo islamita não explicou o que está a causar o atraso, embora horas antes tenha afirmado, numa declaração separada, que Israel estava a "manipular" a lista dos que deviam ser libertados, num total de cerca de 620 prisioneiros.

"Até ao último momento, o inimigo criminoso insiste em abusar dos nossos prisioneiros antes de os libertar", disse Jabarin, ao canal do Qatar, repetindo uma afirmação que o grupo tinha feito horas antes, segundo a qual as forças israelitas tinham atacado os prisioneiros.

No Palácio Cultural de Ramallah, no centro da Cisjordânia, centenas de familiares continuam à espera da libertação, segundo imagens divulgadas pelo Gabinete de Media dos Prisioneiros, ligado ao Hamas.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, vai realizar hoje à noite uma reunião de segurança, "com o objetivo de recuperar todos os reféns, vivos e mortos", segundo fontes governamentais citadas pelo The Times of Israel.

Fontes palestinianas, citadas pela agência noticiosa Efe, disseram que a demora pode estar relacionada com a reunião, o que poderá atrasar a libertação dos prisioneiros até ao final da noite ou início da manhã.

"O facto de Israel não ter libertado a sétima ronda de detidos palestinianos no acordo de troca na data acordada representa uma violação flagrante" do pacto, disse o porta-voz do Hamas, Abdul Latif al-Qanou, num comunicado separado.

De acordo com a lista distribuída pela Comissão Palestiniana de Prisioneiros e Detidos, Israel tenciona libertar 620 prisioneiros e detidos palestinianos em troca dos seis reféns libertados vivos hoje e dos quatro reféns mortos entregues à Cruz Vermelha na quinta-feira.

Destes, 445 foram detidos em Gaza após o ataque do Hamas em 07 de outubro de 2023, incluindo 24 mulheres e crianças, e serão levados para a Faixa de Gaza.

Outras 97 pessoas serão deportadas para o Egito, 43 prisioneiros serão levados para a Cisjordânia e Jerusalém Oriental e 11 outros que foram detidos em Gaza antes de 07 de outubro serão também transferidos para o enclave.

O Hamas atacou Israel em 07 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas e fez cerca de 250 reféns, a maioria dos quais civis, segundo o Governo israelita.

Em represália, Israel lançou uma ofensiva devastadora na Faixa de Gaza, provocando mais de 48 mil mortos e mais de 111 mil feridos.

As partes em conflito alcançaram em meados de janeiro um acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor em 19 de janeiro, prevendo-se na primeira fase a libertação de 33 reféns até ao início de março, incluindo oito reféns dados como mortos, em troca de cerca de 1.900 palestinianos detidos em prisões em Israel.

Leia Também: Presidente israelita congratula-se com libertação de reféns em Gaza

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