"Esse coronavírus, qualifico somente como uma psicose e nunca irei desistir disso (desta ideia)", disse Lukashenko durante uma reunião com as autoridades de saúde e segurança do país.
"Estou absolutamente convencido de que essa é mais uma psicose, da qual alguns se beneficiarão e outros sofrerão", insistiu, assegurando que "o pânico pode causar danos muito maiores do que a próprio vírus".
"Muitos países fecharam-se aos estrangeiros. Entre os quais, cinco países vizinhos da Bielorrússia. É um absurdo total e completo, algo que já está confirmado. Isso não vai defender a Rússia. Especialmente se for um encerramento seletivo. Mas esse é um assunto deles", disse Lukashenko, citado pela agência Belta.
Na segunda-feira, o Presidente da Bielorrússia, no cargo há mais de 25 anos já havia apelado a população desse pequeno país do leste europeu, também afetado pelo novo coronavírus, a "não entrar em pânico", mas a trabalhar na terra e dirigir tratores, porque "o trator cura todos", diz Lukashenko.
O chefe de Estado anunciou hoje que decidiu não colocar as escolas em quarentena no país, quando 51 pessoas foram já infetadas até ao momento, segundo dados oficiais.
O Presidente alertou ainda que a "quarentena excessiva não funciona".
No entanto, hoje, recomendou que os seus concidadãos "ficassem em casa" e concordou que os pais que temem pelos filhos não os enviem para as escolas.
Entretanto, opôs-se categoricamente à antecipação das férias escolares.
"Se as férias foram planeadas para 30 de março, começarão em 30 de março", disse, convencido de que a escola deve aproveitar a oportunidade para ensinar como lavar e desinfetar as mãos, bem como usar máscaras.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 220 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.000 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 85.500 recuperaram da doença.
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