"Tudo teria corrido melhor se tivéssemos sabido tudo isto alguns meses mais cedo, teria sido contido na região da China onde começou", disse Trump, voltando a usar a controversa expressão "vírus chinês" para designar o Covid-19.
"O mundo está a pagar um preço alto pelo que eles fizeram", acrescentou, numa conferência de imprensa na Casa Branca.
O novo coronavírus, na origem da pandemia de Covid-19, foi detetado pela primeira vez em Wuhan, na China.
As autoridades chinesas foram criticadas por falta de transparência no início do surto e reação lenta na adoção de medidas para evitar a propagação do vírus.
Numa segunda fase, Pequim adotou medidas drásticas de isolamento e registou uma clara diminuição dos contágios, ao mesmo tempo que o Covid-19 se propagava para fora do país.
Hoje, pela primeira vez desde o início do surto, as autoridades chinesas não reportaram nenhum novo caso de contaminação de origem local.
A pandemia de coronavírus fez subir a tensão entre a China e os Estados Unidos.
Esta semana, os correspondentes na China dos jornais norte-americanos New York Times, Washington Post e Wall Street Journal receberam um prazo de 10 dias para entregarem as suas carteiras profissionais, o que equivale a uma expulsão.
Três jornalistas do Wall Street Journal já tinham sido expulsos no final de fevereiro.
Segundo Pequim, a decisão é uma reação à decisão "escandalosa" dos Estados Unidos de reduzir fortemente o número de chineses autorizados a trabalhar nos Estados Unidos para meios de comunicação chineses.
O chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, recusou qualquer comparação, frisando que a medida tomada por Washington visou "membros de órgãos de propaganda chinesa".
Também esta semana, Donald Trump provocou "forte indignação" à China ao utilizar a expressão "vírus chinês".