OMS envia mensagem aos jovens. "Vocês não são invencíveis"

No briefing diário desta sexta-feira, sobre a evolução do novo coronavírus, a OMS revelou que já morreram mais de nove mil pessoas em todo o mundo.

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Silvia Abreu com Lusa
20/03/2020 17:15 ‧ 20/03/2020 por Silvia Abreu com Lusa

Mundo

OMS

No briefing diário sobre a evolução do novo coronavírus, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que já foram reportadas mais de nove mil mortes.

O diretor-geral admitiu, aliás, que "todos os dias a Covid-19 parece alcançar um novo número trágico". No entanto, de acordo com um balanço feito esta manhã (11h) pela Agência France Presse (AFP), a partir de dados oficiais, o número de vítimas ascende já as 10 mil pessoas em todo o mundo. Tendo sido registados mais de 246.440 casos de infeção em mais de 161 países e territórios desde o início da epidemia.

A falta de equipamento de proteção em vários países tem sido um dos grandes problemas, mas, esta sexta-feira, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que produtores na China "concordaram em fornecer algum equipamento à OMS".

"Estamos a acertar os últimos detalhes e a coordenar os envios para que seja possível fornecer equipamento a quem mais precisar", disse Tedros.

A grande preocupação da OMS é agora que o novo coronavírus chegue a países com um sistema de saúde mais fragilizado, algo que o diretor-geral reforçou na conferência de hoje: "Essa preocupação tornou-se agora muito real e urgente."

A população mais velha faz parte do grande grupo de risco, mas Tedros Adhanom deixou uma mensagem "aos mais novos". "Vocês não são invencíveis. Este coronavírus pode deixar-vos no hospital durante semanas, ou até matar-vos. Mesmo que não fiquem doentes, as vossas escolhas podem fazer a diferença na hipótese que outros têm de viver ou morrer", salientou.

"Cada morte é uma tragédia e uma motivação para impedir o contágio e salvar vidas", reforçou Ghebreyesus.

"Solidariedade, solidariedade, solidariedade" entre países e grupos etários diferentes é "a chave para derrotar" a doença, afirmou o responsável, destacando uma "boa notícia" registada esta quinta-feira na cidade onde começou a pandemiaWuhan, na China, onde não se verificaram casos novos. O que, disse, é uma demonstração de que a pandemia "pode ser revertida" que "dá esperança".

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