No briefing diário sobre a evolução do novo coronavírus, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que já foram reportadas mais de nove mil mortes.
O diretor-geral admitiu, aliás, que "todos os dias a Covid-19 parece alcançar um novo número trágico". No entanto, de acordo com um balanço feito esta manhã (11h) pela Agência France Presse (AFP), a partir de dados oficiais, o número de vítimas ascende já as 10 mil pessoas em todo o mundo. Tendo sido registados mais de 246.440 casos de infeção em mais de 161 países e territórios desde o início da epidemia.
A falta de equipamento de proteção em vários países tem sido um dos grandes problemas, mas, esta sexta-feira, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que produtores na China "concordaram em fornecer algum equipamento à OMS".
"Estamos a acertar os últimos detalhes e a coordenar os envios para que seja possível fornecer equipamento a quem mais precisar", disse Tedros.
A grande preocupação da OMS é agora que o novo coronavírus chegue a países com um sistema de saúde mais fragilizado, algo que o diretor-geral reforçou na conferência de hoje: "Essa preocupação tornou-se agora muito real e urgente."
A população mais velha faz parte do grande grupo de risco, mas Tedros Adhanom deixou uma mensagem "aos mais novos". "Vocês não são invencíveis. Este coronavírus pode deixar-vos no hospital durante semanas, ou até matar-vos. Mesmo que não fiquem doentes, as vossas escolhas podem fazer a diferença na hipótese que outros têm de viver ou morrer", salientou.
Media briefing on #COVID19 with @DrTedros. #coronavirus https://t.co/HrKY9b6cbs
— World Health Organization (WHO) (@WHO) March 20, 2020
"Cada morte é uma tragédia e uma motivação para impedir o contágio e salvar vidas", reforçou Ghebreyesus.
"Solidariedade, solidariedade, solidariedade" entre países e grupos etários diferentes é "a chave para derrotar" a doença, afirmou o responsável, destacando uma "boa notícia" registada esta quinta-feira na cidade onde começou a pandemia, Wuhan, na China, onde não se verificaram casos novos. O que, disse, é uma demonstração de que a pandemia "pode ser revertida" que "dá esperança".