Pedro Sánchez, líder do governo central espanhol, anunciou, este domingo, o alargamento do estado de emergência no país em 15 dias, até 11 de abril, com um reforço do papel das Forças Armadas no decurso do debelar deste surto viral, que vitimou já 1.720 pessoas.
O executivo espanhol indicou que todas as comunidades autónomas devem "assumir controlo sobre os lares de idosos privados", assim como deve ser assegurado um serviço de distribuição de alimentos ao domicílio para pessoas que façam parte dos grupos de risco.
Paralelamente, nesta fase, "as Forças Armadas ampliarão o seu raio de ação no transporte de doentes, protegendo as infraestruturas críticas, e apoiando o transporte de material sanitário e a ligações com as ilhas".
Serão ainda aplicadas restrições generalizadas aos voos durante o próximo mês e será estabelecida uma reserva estratégica dos produtos sanitários.
Depois de, no sábado, ter alertado os cidadãos espanhóis para os "dias difíceis" que se avizinham, mantendo uma mensagem de esperança, o primeiro-ministro voltou a alertar: "A irresponsabilidade leva vidas pela frente".
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— EL PAÍS (@el_pais) March 22, 2020
O socialista esclareceu que estão a ser seguidas todas as recomendações das autoridades de saúde. "É importante defender estas medidas", explicou, assumindo que "são medidas duríssimas" mas necessárias.
A Espanha, sublinhe-se, é um dos países mais atingidos pelo novo coronavírus, responsável pela pandemia da doença Covid-19. Com um território e uma população mais de quatro vezes maior do que Portugal, a Espanha registou até este domingo de manhã 28.572 casos de infeção com o novo coronavírus, dos quais 1.720 pessoas morreram.