"Uma empresa que despede para se salvar, não é a solução", realçou o pontífice, dizendo que não consegue imaginar as dificuldades pelas quais vão passar os empresários, devido à paralisação da atividade comercial provocada pela propagação à escala global do novo coronavírus.
Porém, o Papa disse que sabe "as dificuldades que vão passar o empregado, o operário, a empregada ou a operária" que forem despedidos devido à esperada acentuada quebra da atividade económica em todo o mundo.
O Papa Francisco, que falava por videoconferência, vincou que "mais do que despedir, há que acolher e fazer sentir que há uma sociedade solidária".
Durante a entrevista, o líder da Igreja Católica fez questão de demonstrar a sua admiração pelos cientistas, e pelos profissionais de saúde que por estes dias trabalham para cuidar das pessoas contagiadas pela covid-19, qualificando-os como "os santos da porta do lado", dada a sua capacidade de arriscar a vida pelo próximo.
"Admiro-os, ensinam-me como me empenhar", destacou Francisco, salientando as difíceis condições que muitos destes profissionais enfrentam no dia a dia, em plena pandemia do novo coronavírus, estando muitos impedidos de irem a casa durante muito tempo e havendo já várias mortes entre eles.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 324 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 14.300 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro de 2019, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a OMS a declarar uma situação de pandemia.