As medidas foram anunciadas na sexta-feira pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, e incluem ainda a supressão de eventos com mais de 50 pessoas.
O ministro da Saúde moçambicano, Armindo Tiago, anunciou no domingo o registo oficial de um primeiro caso no país, o de um moçambicano com mais de 75 anos, que regressou este mês do Reino Unido e que se encontra em casa com sintomas ligeiros.
O governante remeteu para a reunião semanal do Conselho de Ministros o eventual anúncio de restrições adicionais face ao aumento da ameaça.
O primeiro caso registado no país está a ser acompanhado pelas autoridades de saúde que anunciaram a realização de conferências de imprensa diárias sobre a pandemia causada pelo novo coronavírus.
Ouras medidas a implementar a partir de hoje em Moçambique incluem uma quarentena domiciliária de 14 dias para todos os viajantes, implementação de medidas de prevenção por todas as instituições públicas e privadas - incluindo operadores comerciais, com vista a reduzir o risco de contaminação - e reforço de fiscalização e vigilância com vista a garantir o normal funcionamento da cadeia de abastecimento.
Será também criada uma comissão técnico-científica presidida pelo ministro da Saúde, que integre profissionais de diversas especialidades, incluindo clínicas, de saúde pública, socioeconómicas, antropológicas, comunicação social, entre outras.
"Esta comissão técnico-científica tem como tarefas aconselhar o Governo na tomada de decisões com base em evidência científica e apoiar nas ações de comunicação social", referiu Filipe Nyusi.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 308 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 13.400 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.