Covid-19: Moçambique implementa hoje novas medidas de prevenção

Moçambique implementa hoje novas medidas de prevenção da covid-19, que vão vigorar por 30 dias, entre as quais a suspensão dos vistos de entrada no país e o encerramento de todas as escolas.

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Lusa
23/03/2020 06:30 ‧ 23/03/2020 por Lusa

Mundo

Moçambique

 

As medidas foram anunciadas na sexta-feira pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, e incluem ainda a supressão de eventos com mais de 50 pessoas.

O ministro da Saúde moçambicano, Armindo Tiago, anunciou no domingo o registo oficial de um primeiro caso no país, o de um moçambicano com mais de 75 anos, que regressou este mês do Reino Unido e que se encontra em casa com sintomas ligeiros.

O governante remeteu para a reunião semanal do Conselho de Ministros o eventual anúncio de restrições adicionais face ao aumento da ameaça.

O primeiro caso registado no país está a ser acompanhado pelas autoridades de saúde que anunciaram a realização de conferências de imprensa diárias sobre a pandemia causada pelo novo coronavírus.

Ouras medidas a implementar a partir de hoje em Moçambique incluem uma quarentena domiciliária de 14 dias para todos os viajantes, implementação de medidas de prevenção por todas as instituições públicas e privadas - incluindo operadores comerciais, com vista a reduzir o risco de contaminação - e reforço de fiscalização e vigilância com vista a garantir o normal funcionamento da cadeia de abastecimento.

Será também criada uma comissão técnico-científica presidida pelo ministro da Saúde, que integre profissionais de diversas especialidades, incluindo clínicas, de saúde pública, socioeconómicas, antropológicas, comunicação social, entre outras. 

"Esta comissão técnico-científica tem como tarefas aconselhar o Governo na tomada de decisões com base em evidência científica e apoiar nas ações de comunicação social", referiu Filipe Nyusi.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 308 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 13.400 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

 

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