São Paulo continua a ser o estado brasileiro mais afetado pelo coronavírus, contabilizando 30 mortos e 745 infetados. Segue-se o Rio de Janeiro com quatro óbitos e 233 casos confirmados de infeção.
Ceará, Distrito Federal e Minas Gerais são as restantes unidades federativas do Brasil a somar mais de 100 infetados, cada um.
Todos os estados do país sul-americano -- 26 estados e o Distrito Federal - têm agora registo da covid-19.
"Atualmente, todos os estados do país registam casos da doença, mas nem todas as regiões apresentam o mesmo nível de transmissão. A região norte, por exemplo, tem 3,1% do total de casos do Brasil. Na outra ponta, a região sudeste representa o maior percentual, na ordem de 60%", indicou o Ministério da Saúde.
Na sexta-feira passada, o ministro da Saúde do Brasil, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que o sistema de saúde brasileiro deve entrar em colapso em abril, explicando que o termo se refere a uma situação onde não é possível conseguir atendimento médico para todos os casos.
"Claramente no final de abril o nosso sistema entra em colapso. O que é um colapso? Às vezes as pessoas confundem colapso com sistemas caóticos, com sistemas críticos, aonde vê aquelas cenas de pessoas nas macas", indicou o ministro.
O governante precisou que o colapso é quando alguém "pode ter o dinheiro, (...) pode ter o plano de saúde, pode ter a ordem judicial, mas simplesmente" não há um sistema para entrar.
"É o que está a vivenciar a Itália, um dos países de primeiro mundo que, atualmente, não tem onde entrar", explicou.
A estimativa do Ministério da Saúde é que haja um crescimento dos casos da covid-19 nos próximos 10 dias, com uma subida mais aguda em abril, permanecendo alta em maio e junho.
A partir de julho, o Governo espera o início da desaceleração e, em agosto, um movimento de queda.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 345 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 6.077 mortos em 63.927 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.