A agência de Protecção Civil italiana dá conta, esta terça-feira, de mais 743 mortes nas últimas 24 horas, elevando-se o número total de mortos para os 6.820. Trata-se de um aumento de 12% em relação a segunda-feira, e também uma subida em relação aos últimos dois dias (651 mortos no domingo e 601 na segunda-feira).
Em relação ao número de infetados, foram registados mais 5.249, o que significa um crescimento de 8,2% face ao dia anterior - ontem foi primeira vez que esta percentagem regressou a um dígito, subindo agora um pouco, mas mantendo-se nos 8%.
O número total de infeções cifra-se agora nos 69.176. Destes mais de 69 mil casos de infeção, 6.820 morreram e 8.326 recuperaram (mais 12% do que terça-feira).
Existem 54.030 casos activos, dos quais 21.937 encontram-se hospitalizados e 3.396 em estado grave.
Conforme pode ver pelo mapa abaixo, a região mais afetada pelo surto viral é Lombardia, situada no norte do país, onde os serviços de saúde já estão sobrecarregados. A maioria das mortes - 3.776 - ocorreu naquela região.
Mapa do impacto do surto em Itália, por região© Proteção Civil italiana
Recorde-se que esta terça-feira o chefe da Proteção Civil italiana, Angelo Borrelli, disse numa entrevista ao jornal La Repubblica que o número de infetados pelo novo coronavírus em Itália pode ser dez vezes maior do que oficialmente reportado e chegar a 600 mil.
A Itália é país do mundo com mais mortes registadas por causa da Covid-19, tendo ultrapassado a China (3.270 mortos, neste momento) no passado dia 19 de março. Segue-se a Espanha, que soma já mais de 2 mil mortos, e o Irão, com mais de 1.800, segundo o que é relatado pelas autoridades locais.
A China, epicentro do surto viral, iniciado em dezembro do ano passado, anunciou esta segunda-feira que voltou a não registar novas infeções locais pelo novo coronavírus, registando apenas 39 novos casos oriundos do exterior.