A Nigéria, o país mais populoso em África, com 190 milhões de pessoas, registou até agora 51 infeções, das quais resultou uma morte, ainda assim o número de testes tem sido limitado.
"Temos 4.370 pessoas em observação que estamos a rastrear. Apelamos àqueles que tiveram contacto com os casos suspeitos a dirigirem-se imediatamente às autoridades", afirmou hoje o ministro da Informação da Nigéria, Lai Mohammed, citado pela agência France-Presse.
O ministro defendeu que a ação da população tem de ser tomada o mais depressa possível.
"Estamos prestes a alcançar o nível de contágio comunitário. Devemos travar isto imediatamente ou vamos registar um crescimento exponencial nos próximos dias", constatou o ministro.
Segundo especialistas citados pela agência noticiosa, a Nigéria é particularmente vulnerável à propagação da covid-19, provocada pelo novo coronavírus, dado o seu frágil sistema de saúde e a elevada densidade populacional.
O país tomou já medidas para minimizar o risco de contágio, como o encerramento de aeroportos e fronteiras terrestres, assim como a suspensão de aulas. O executivo advertiu também as pessoas para ficarem em casa nas cidades maiores.
A maioria das infeções registadas até agora são de pessoas que ficaram infetadas com o vírus antes de chegarem à Nigéria, mas as autoridades nigerianas admitem que já houve transmissão local na cidade de Lagos, uma das cidades mais importantes em África.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 480 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 22.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Segundo dados do Centro para a Prevenção e Controlo de Doenças da União Africana, o continente registou pelo menos 2.746 casos de infeção desde o início da pandemia, dos quais 72 resultaram na morte dos infetados.