Covid-19. Ordem diz que Guiné não está minimamente preparada

O bastonário da Ordem dos Enfermeiros da Guiné-Bissau, Alberto Oliveira Lopes, alertou que o país não está "minimamente preparado" em termos técnicos e materiais para combater a pandemia provocada pelo novo coronavírus.

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Lusa
27/03/2020 11:17 ‧ 27/03/2020 por Lusa

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Coronavírus

 

"Considerando a luta contra um inimigo silencioso em que todos nós estamos em risco independentemente das nossas condições sociais, cor de pele, convicções política e religiosa, idade, género, entende-se que é urgentíssimo a adoção de medidas para mitigar os riscos, garantindo assim a segurança dos técnicos em especial e a popular em geral", salientou Alberto Oliveira, numa mensagem da Ordem dos Enfermeiros.

As autoridades guineenses no poder confirmaram na quarta-feira a existência de dois casos de Covid-19 no país.

Para fazer face à pandemia, a Ordem dos Enfermeiros guineense propõe a imediata formação de técnicos sobre a forma de lidar com casos suspeitos e confirmados de Covid-19, a aquisição e distribuição de equipamento de proteção individual, distribuição de desinfetante as todas as unidades de saúde, bem como a aquisição de ventiladores.

Os enfermeiros guineenses pedem também às autoridades que providenciem transporte para os técnicos de saúde, já que todos não dispõem de viatura própria e os transportes públicos e táxis foram impedidos de circular.

A Ordem dos Enfermeiros pede também a criação "urgente" de um centro de tratamento, bem como a restrição de acompanhamentos nas unidades hospitalares, o reforço do controlo na linha das fronteiras e a promoção de tratamento igualitário a todos os doentes com covid-19.

É também pedido às autoridades a coordenação da informação, bem como a aplicação imediata do plano de contingência e o funcionamento ininterrupto dos serviços de vigilância epidemiológica para "garantir registo de novos casos, suspeitos, confirmados e óbitos".

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 505 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 23.000.

Dos casos de infeção, pelo menos 108.900 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

A Guiné-Bissau vai atravessar esta pandemia no meio de uma crise política, após Umaro Sissoco Embaló se ter autoproclamado Presidente enquanto ainda decorre no Supremo Tribunal de Justiça um recurso do candidato Domingos Simões Pereira, que alega irregularidades nas eleições de 29 de dezembro.

Depois de ter tomado posse, Embaló nomeou um Governo que ocupou os ministérios com apoio de militares, mas recusa que esteja em curso um golpe de Estado no país e diz que aguarda a decisão do Supremo sobre o contencioso eleitoral.

 

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