Jovem morre com suspeita de Covid-19 sem tratamento. Não tinha seguro

Incidente aconteceu nos Estados Unidos. Autarca de Los Angeles diz que jovem de 17 anos não foi tratado por não ter seguro. Autoridade de Saúde disse inicialmente que a causa de morte era Covid-19, mas agora diz estar a investigar por ser uma situação "complexa".

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© REUTERS/Shannon Stapleton

Notícias Ao Minuto
28/03/2020 15:48 ‧ 28/03/2020 por Notícias Ao Minuto

Mundo

Los Angeles

Um adolescente de 17 anos de idade morreu, na semana passada, em Lancaster, na Califórnia, por suspeita de Covid-19 e ter-lhe-á sido recusado o tratamento de urgência por não ter seguro de saúde, de acordo com o mayor da cidade, R. Rex Parris.

O autarca indicou, num vídeo publicado no YouTube, que o jovem estava doente há alguns dias, mas que não tinha outras condições de saúde prévias. "Na sexta-feira antes de ter morrido, estava saudável. Esta a socializar com os amigos. Na quarta-feira morreu", disse Parris.

O autarca explicou que o adolescente foi levado para uma clínica de urgências a 18 de março. "Ele não tinha seguro, por isso não o trataram", afirmou, explicando que o reencaminharam para o Hospital de Antelope Valley, um hospital público na mesma área.

De acordo com Parris, o jovem entrou em paragem cardíaca pelo caminho e quando chegou ao hospital esteve mais seis horas a ser reanimado. "Mas já era demasiado tarde", disse.

O departamento de saúde pública de Los Angeles tinha inicialmente avançado que a causa de morte do jovem eram complicações causadas pela Covid-19, mas essa afirmação foi mais tarde retratada. Na terça-feira, a autoridade de saúde indicou que morte terá que ser investigada pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC).

"Ainda que os testes iniciais tivessem dado positivo para Covid-19, o caso é complexo e pode existir uma explicação alternativa para esta fatalidade", explica o comunicado, indicando que a reserva de identidade não lhes permite divulgar mais informação.

Na sexta-feira, os Estados Unidos ultrapassaram a barreira dos 100 mil casos de infeção pelo novo coronavírus, tornando-se o país no mundo com o maior número de pessoas infetadas.

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