Um adolescente de 17 anos de idade morreu, na semana passada, em Lancaster, na Califórnia, por suspeita de Covid-19 e ter-lhe-á sido recusado o tratamento de urgência por não ter seguro de saúde, de acordo com o mayor da cidade, R. Rex Parris.
O autarca indicou, num vídeo publicado no YouTube, que o jovem estava doente há alguns dias, mas que não tinha outras condições de saúde prévias. "Na sexta-feira antes de ter morrido, estava saudável. Esta a socializar com os amigos. Na quarta-feira morreu", disse Parris.
O autarca explicou que o adolescente foi levado para uma clínica de urgências a 18 de março. "Ele não tinha seguro, por isso não o trataram", afirmou, explicando que o reencaminharam para o Hospital de Antelope Valley, um hospital público na mesma área.
De acordo com Parris, o jovem entrou em paragem cardíaca pelo caminho e quando chegou ao hospital esteve mais seis horas a ser reanimado. "Mas já era demasiado tarde", disse.
O departamento de saúde pública de Los Angeles tinha inicialmente avançado que a causa de morte do jovem eram complicações causadas pela Covid-19, mas essa afirmação foi mais tarde retratada. Na terça-feira, a autoridade de saúde indicou que morte terá que ser investigada pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC).
"Ainda que os testes iniciais tivessem dado positivo para Covid-19, o caso é complexo e pode existir uma explicação alternativa para esta fatalidade", explica o comunicado, indicando que a reserva de identidade não lhes permite divulgar mais informação.
Na sexta-feira, os Estados Unidos ultrapassaram a barreira dos 100 mil casos de infeção pelo novo coronavírus, tornando-se o país no mundo com o maior número de pessoas infetadas.