As autoridades de Itália, que é um dos países do mundo mais afetados pela pandemia do novo coronavírus, determinaram hoje que a quarentena geral será estendida no tempo pelo menos até dia 13 de abril, o dia feriado a seguir à Páscoa.
O anúncio chega no dia em que Itália registou mais 812 mortes nas últimas 24 horas, embora as autoridades salientem o aparecimento de sinais encorajadores no controlo da pandemia.
Em Itália, mais de 100.000 pessoas já foram infetadas pelo novo coronavírus, tendo sido registadas mais de 11.000 mortes.
Mas o aumento de novos casos positivos hoje anunciado nunca foi tão baixo (+ 4%) e representa metade do valor de há quatro dias e quatro vezes menos do que há 15 dias.
Um estudo estatístico publicado pelo Instituto Einaudi de Economia e Finanças (Eief), com base em dados fornecidos pela Proteção Civil italiana, diz mesmo que Itália poderá conseguir a eliminação de casos positivos do novo coronavírus entre 05 e 16 de maio.
Ao mesmo tempo, o número de pessoas consideradas curadas em todo o país (1590) nunca foi tão elevado, nos relatórios diários.
"Podemos esperar atingir o pico em sete a 10 dias. Depois, assistiremos a um declínio no contágio", reconheceu o vice-ministro da Saúde, Pierpaolo Sileri.
"Estamos a melhorar no achatamento da curva. Ainda não há sinais de descida, mas estamos a melhorar. As medidas que tomámos estão a revelar efeito", disse Sileri.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil.
Dos casos de infeção, pelo menos 142.300 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia