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Autoridades guineenses adiam lançamento da campanha de caju

As autoridades no poder da Guiné-Bissau decidiram adiar o lançamento da campanha de comercialização de caju, principal produto de exportação do país, por causa da pandemia do novo coronavírus, disse hoje fonte do Ministério do Comércio.

Autoridades guineenses adiam lançamento da campanha de caju
Notícias ao Minuto

14:41 - 31/03/20 por Lusa

Mundo Covid-19

Segundo a mesma fonte, a decisão foi tomada na segunda-feira numa reunião que juntou o ministro do Comércio do Governo de Nuno Nabian, Artur Sanhá, e associações de agricultores e de intermediários e as câmaras de comércio e indústria do país.

No encontro, ficou acordado que não será anunciada a abertura da campanha de comercialização do caju, nem o preço de referência de venda do quilograma, até ao final do estado de emergência declarado no país e que vai vigorar até 11 de abril.

Caso não haja motivos para prorrogar o estado de emergência, será então anunciada a abertura da campanha e o preço de referência, disse a mesma fonte.

O Ministério do Comércio determinou também fiscalizar e punir, com o apoio do Ministério do Interior, pessoas que tentem enganar os agricultores e trocar arroz por caju.

As associações pediram ao Governo que abasteça de arroz as zonas mais longínquas do país.

O Ministério do Comércio anunciou também que vai lançar uma operação de fiscalização junto dos mercados por causa da especulação dos preços ao consumidor.

Mais de 80% da população da Guiné-Bissau depende direta ou indiretamente da comercialização da campanha de caju.

A Guiné-Bissau tem confirmados oito casos da covid-19.

No âmbito do combate à pandemia, as autoridades guineenses decidiram declarar o estado de emergência, mas antes já tinham encerrado fronteiras, escolas, restaurantes e outro tipo de comércio local, bem como proibir a circulação de transportes públicos.

Os bens de primeira necessidade só podem ser adquiridos entre as 07:00 e as 11:00 locais (menos uma hora que em Lisboa).

A pandemia do novo coronavírus atingiu a Guiné-Bissau numa altura em que o país vive mais uma crise política, iniciada após a realização de eleições presidenciais em dezembro.

Em fevereiro, o general Umaro Sissoco Embaló, dado como vencedor das eleições pela Comissão Nacional de Eleições, autoproclamou-se Presidente do país, enquanto decorre no Supremo Tribunal de Justiça um recurso de contencioso eleitoral apresentado pela candidatura de Domingos Simões Pereira.

Umaro Sissoco Embaló tomou posse numa cerimónia dirigida pelo vice-presidente do parlamento do país Nuno Nabian, que acabou por deixar aquelas funções para assumir a liderança do Governo nomeado pelo autoproclamado Presidente.

O Governo liderado por Nuno Nabian ocupou os ministérios com o apoio de militares, mas Sissoco Embaló recusa que esteja em curso um golpe de Estado no país e diz que aguarda a decisão do Supremo sobre o contencioso eleitoral.

Na sequência da tomada de posse de Umaro Sissoco Emabaló e do seu Governo, os principais parceiros internacionais da Guiné-Bissau apelaram a uma resolução da crise com base na lei e na Constituição do país, sublinhando a importância de ser conhecida uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça sobre o recurso de contencioso eleitoral.

O número de mortes por covid-19 em África subiu para 173 nas últimas horas com os casos confirmados a ultrapassarem os 5.000 em 47 países, de acordo com as mais recentes estatísticas sobre a doença no continente.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 791 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 38 mil.

Dos casos de infeção, pelo menos 163 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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