A vítima, que morava na França, deveria ter deixado de estar confinada na segunda-feira, de acordo com as regras estabelecidas pelas autoridades mauritanas.
O período de confinamento obrigatório para um grupo de 16 franceses que chegou ao país em meados de março era de duas semanas, cumpridas nos hotéis.
A vítima sentiu-se mal no domingo à noite, tendo piorado na manhã de segunda-feira, pelo que foi transportada para o hospital, tendo morrido durante a viagem, referiu N'Diaye Mamadou na televisão mauritana, apresentado como responsável pelo centro de isolamento da covid-19 em Nouakchott.
"Ela morreu enquanto era transportada", disse, considerando que esta constituiu uma forma "atípica" da doença, que permaneceu assintomática, agravando-se "de repente".
Segundo as autoridades locais, a informação de que a mulher era portadora de coronavírus só foi conhecida após a sua morte.
O voo no qual a vítima chegou à Mauritânia foi um dos últimos antes do encerramento dos aeroportos para ligações internacionais.
As autoridades não submeteram os viajantes a testes de triagem antes do seu confinamento, exceto no caso daquelas que apresentavam sintomas.
A embaixada francesa em Nouakchott garantiu hoje ter estado em contacto com a vítima durante o período em que esteve confinada, mas não recebeu nenhum alerta sobre a degradação do seu estado.
Após esta morte, a Mauritânia declarou oficialmente seis casos de contaminação pela covid-19, dois dos quais já curados, tendo adotado o recolher noturno obrigatório e isolado as cidades de Nouakchott e Kaédi (sul), onde foram detetados os casos de coronavírus.