Irão regista mais de 50 mil contagiados e 3.160 mortes pela Covid-19

O Irão confirmou até hoje mais de 50 mil contágios pelo novo coronavírus, sendo que 3.160 iranianos morreram desde que os primeiros casos de covid-19 começaram a ser diagnosticados no país, há seis semanas.

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Lusa
02/04/2020 13:13 ‧ 02/04/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

O porta-voz do Ministério da Saúde, Kianush Yahanpur, informou que nas últimas 24 horas morreram 124 pessoas e confirmaram-se 2.875 novos contágios, totalizando 50.468 o número de pessoas infetadas pelo coronavirus responsável pela pandemia da covid-19.

O mesmo responsável assinalou que há quase quatro mil doentes que se encontram em estado considerado crítico mas acrescentou que 16 mil pessoas que estavam contagiadas superaram a doença.

As autoridades iranianas encerraram as escolas e as universidades em fevereiro passado, quando foram detetados os primeiros contágios, e têm sido implementadas mais medidas como o cancelamento de eventos culturais e desportivos assim como cerimónias religiosas.

Por outro lado, as medidas contra a propagação da pandemia estão a afetar a economia do país muito afetada pelas sanções impostas pelos Estados Unidos que se retirou do acordo nuclear alcançado em 2015.

Apesar da crise, o Presidente iraniano, Hassan Rohaní, assegurou que o abastecimento não vai ser afetado graças ao armazenamento de produtos agrícolas e industriais. 

O chefe de Estado também afirmou que o país tem reservas de divisas estrangeiras para ultrapassar as necessidades médicas e adquirir produtos básicos até ao final do ano. 

O país está a produzir máscaras e fatos de proteção sanitários, ventiladores e testes de diagnóstico.

"A luta contra a pobreza é tão importante como a luta contra o coronavírus" disse Rohani, cujo governo admite levantar algumas das medidas para impulsionar a economia.

As limitações estão em vigor até ao dia 08 de abril, dia em que o país vai decidir ou não a manutenção de algumas medidas.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 940 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 47 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 180.000 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 508 mil infetados e mais de 34.500 mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 13.155 óbitos em 110.574 casos confirmados até quarta-feira.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 10.003, entre 110.238 casos de infeção confirmados, enquanto os Estados Unidos são o que contabiliza mais infetados (216.722).

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.589 casos (mais de 76 mil recuperados) e regista 3.318 mortes. A China anunciou hoje 35 novos casos, todos oriundos do exterior, e mais seis mortes.

Além de Itália, Espanha e China, os países mais afetados são Estados Unidos, com 5.137 mortes, França, com 4.032 mortes (56.989 casos), e Irão, com 3.160 mortes (50.000 casos).

O número de mortes em África subiu para pelo menos 209 num universo de mais de 5.940 casos confirmados em 49 países, de acordo com as estatísticas sobre a doença no continente.

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