O porta-voz do Ministério da Saúde, Kianush Yahanpur, informou que nas últimas 24 horas morreram 124 pessoas e confirmaram-se 2.875 novos contágios, totalizando 50.468 o número de pessoas infetadas pelo coronavirus responsável pela pandemia da covid-19.
O mesmo responsável assinalou que há quase quatro mil doentes que se encontram em estado considerado crítico mas acrescentou que 16 mil pessoas que estavam contagiadas superaram a doença.
As autoridades iranianas encerraram as escolas e as universidades em fevereiro passado, quando foram detetados os primeiros contágios, e têm sido implementadas mais medidas como o cancelamento de eventos culturais e desportivos assim como cerimónias religiosas.
Por outro lado, as medidas contra a propagação da pandemia estão a afetar a economia do país muito afetada pelas sanções impostas pelos Estados Unidos que se retirou do acordo nuclear alcançado em 2015.
Apesar da crise, o Presidente iraniano, Hassan Rohaní, assegurou que o abastecimento não vai ser afetado graças ao armazenamento de produtos agrícolas e industriais.
O chefe de Estado também afirmou que o país tem reservas de divisas estrangeiras para ultrapassar as necessidades médicas e adquirir produtos básicos até ao final do ano.
O país está a produzir máscaras e fatos de proteção sanitários, ventiladores e testes de diagnóstico.
"A luta contra a pobreza é tão importante como a luta contra o coronavírus" disse Rohani, cujo governo admite levantar algumas das medidas para impulsionar a economia.
As limitações estão em vigor até ao dia 08 de abril, dia em que o país vai decidir ou não a manutenção de algumas medidas.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 940 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 47 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 180.000 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 508 mil infetados e mais de 34.500 mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 13.155 óbitos em 110.574 casos confirmados até quarta-feira.
A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 10.003, entre 110.238 casos de infeção confirmados, enquanto os Estados Unidos são o que contabiliza mais infetados (216.722).
A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.589 casos (mais de 76 mil recuperados) e regista 3.318 mortes. A China anunciou hoje 35 novos casos, todos oriundos do exterior, e mais seis mortes.
Além de Itália, Espanha e China, os países mais afetados são Estados Unidos, com 5.137 mortes, França, com 4.032 mortes (56.989 casos), e Irão, com 3.160 mortes (50.000 casos).
O número de mortes em África subiu para pelo menos 209 num universo de mais de 5.940 casos confirmados em 49 países, de acordo com as estatísticas sobre a doença no continente.