A Emirates, a companhia aérea mais importante do Médio Oriente com uma frota de 271 aparelhos e com sede no Dubai, "recebeu a autorização das autoridades dos Emirados Árabes Unidos para retomar um número limitado de voos de passageiros", anunciou o diretor executivo da empresa, o Sheikh Ahmed bin Saeed Al Maktoum, numa mensagem publicada na rede social Twitter.
"A partir de 06 de abril [segunda-feira], estes voos vão transportar inicialmente passageiros que partem dos Emirados Árabes Unidos", referiu o representante, acrescentando que mais pormenores serão divulgados em breve.
A Emirates suspendeu, em 25 de março, todas as ligações aéreas comerciais devido à covid-19 e depois de os Emirados Árabes Unidos terem ordenado "a suspensão de todos os voos de passageiros para o país no prazo de 48 horas".
"A medida visa proteger as comunidades da propagação da covid-19. Como tal, a Emirates irá suspender temporariamente todos os voos de passageiros a partir de 25 de março de 2020", informou, na altura, a empresa.
Os Emirados Árabes Unidos, federação de sete Estados do Golfo Pérsico da qual faz parte o Dubai, anunciou, até à data, 814 casos de infeção pelo novo coronavírus, incluindo oito vítimas mortais, tendo avançado com várias medidas para limitar a propagação da pandemia da covid-19.
O diretor executivo da Emirates disse, na mesma mensagem publicada no Twitter, que a companhia aérea está a trabalhar no sentido de retomar gradualmente os voos de passageiros.
"A Emirates aguarda com impaciência o regresso gradual dos voos de passageiros com o levantamento das restrições de viagens", afirmou.
Com o setor das transportadoras aéreas a ser um dos mais afetados pela atual pandemia, a Emirates decidiu reduzir custos ao baixar os salários-base, em 25% a 50%, da maioria dos seus cerca de 100 mil funcionários.
A companhia, que transportou cerca de 90 milhões de passageiros no ano passado, justificou a medida, afirmando que era para evitar despedimentos.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 940 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 47 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 180.000 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.