Governo irlandês diz estar "no bom caminho" para suster pandemia

O Governo irlandês considera estar no "bom caminho" para suster o avanço do novo coronavírus, após verificar que o número de contagiados é menor que o previsto, referiu hoje em Dublin um responsável dos serviços de saúde.

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Lusa
02/04/2020 14:25 ‧ 02/04/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

As autoridades sanitárias irlandesas confirmaram que, até quarta-feira, foram registados 212 novos casos da covid-19, num total de 3.447 positivos e 85 mortos.

O chefe médico adjunto do Ministério da Saúde, Ronan Glynn, reconheceu que ainda é cedo para extrair conclusões a partir destes números, mas confirmou que o endurecimento das medidas de confinamento da população anunciadas na passada sexta-feira estão a produzir resultados.

"Ainda existem 200 ou 300 casos ou mais, estamos conscientes que cada caso é uma pessoa, mas 212 são menos do que tínhamos previsto", afirmou o especialista.

O médico também insistiu que a "batalha" contra o novo coronavírus apenas "será ganha" quando se reduzir "drasticamente os números", e que implica evitar que "cada indivíduo afetado" o "transmita a outra pessoa".

"Existe uma série de indicadores positivos, como o número total de casos agora detetados e os diagnosticados há umas semanas, e sobre o que sabemos das sondagens junto à população, a sua adesão a estas novas medidas e o grau de cumprimento. Creio que estamos no bom caminho", sublinhou Glynn.

O médico destacou que "o número de casos diários caiu significativamente em termos percentuais" em relação aos registados há duas semanas, mas reconheceu "ainda ser demasiado cedo para conclusões definitivas e para reduzir a vigilância".

No entanto, lamentou que as autoridades não estejam a realizar o número de testes à covid-19 como tinham previsto.

"À medida que aumentemos a realização de testes num período muito curto, por exemplo durante os próximos dez dias ou duas semanas, obteremos uma imagem do impacto desta doença sobre a população no seu conjunto", acrescentou Glynn.

O primeiro-ministro em funções, o democrata-cristão Leo Varadkar, ordenou em 15 de março o encerramento de bares e 'pubs', poucos dias após a aplicação desta medida a escolas e universidades, e recomendou o trabalho em casa e o distanciamento social.

Uma semana depois, Varadkar alargou estas limitações aos "serviços não essenciais", apesar de ter resistido em decretar um confinamento mais estrito, com o prosseguimento da atividade em diversos setores, incluindo a construção civil.

Na sexta-feira passada, o chefe do executivo também anunciou novas restrições aos cidadãos para as próximas duas semanas, como o confinamento em casa à exceção de diversas atividades limitadas.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 940 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 47 mil.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 209 mortes, mais 22 do que na quarta-feira (+11,8%), e 9.034 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 783 em relação à véspera (+9,5%).

 

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