Arábia Saudita impõe recolher de 24 horas em Meca e Medina

A Arábia Saudita, um dos países mais afetados pela covid-19 no Golfo Pérsico, impôs hoje um recolher total de 24 horas nas cidades sagradas do Islão Meca e Medina, para "combater a pandemia do novo coronavírus".

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Lusa
02/04/2020 16:38 ‧ 02/04/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

A medida, que reforça o recolher parcial já em vigor, surge num contexto de incerteza sobre a autorização para se realizar a grande peregrinação muçulmana do 'hajj', que ocorre nos finais de julho.

As autoridades instaram, esta semana, todos os muçulmanos do mundo a suspender temporariamente os seus planos de viagem a Meca.

 "O recolher total de 24 horas aplica-se às cidades de Meca e Medina a partir de hoje e até nova ordem", disse uma fonte do Ministério do Interior saudita, citada pela agência de notícias oficial do país SPA.

As cidades já estavam sujeitas a um recolher diário de 15 horas e estavam isoladas, tal como a capital Riad e a cidade de Jeddah, onde estão proibidas as entradas e saídas. Também está proibida a circulação entre as diferentes regiões.

De todos os países do Golfo Pérsido, a Arábia Saudita é o mais afetado pela pandemia da covid-19, com 1.885 infetados e 21 mortos registados até hoje.

No mês passado, a Arábia Saudita suspendeu a pequena peregrinação, a "umrah", que é feita entre Meca e Medina ao longo de todo o ano, mas as autoridades sauditas ainda não anunciaram se o "hajj", uma das maiores reuniões religiosas do mundo, se manterá este ano no contexto da pandemia.

Antes do cataclismo global causado pelo novo coronavírus, a Arábia Saudita esperava atrair cerca de 2,7 milhões de fiéis durante o "hajj" de 2020, de acordo com o portal na internet do Ministério da Peregrinação.

No ano passado, Meca recebeu 2,5 milhões de fiéis durante a grande peregrinação.

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