A medida, que reforça o recolher parcial já em vigor, surge num contexto de incerteza sobre a autorização para se realizar a grande peregrinação muçulmana do 'hajj', que ocorre nos finais de julho.
As autoridades instaram, esta semana, todos os muçulmanos do mundo a suspender temporariamente os seus planos de viagem a Meca.
"O recolher total de 24 horas aplica-se às cidades de Meca e Medina a partir de hoje e até nova ordem", disse uma fonte do Ministério do Interior saudita, citada pela agência de notícias oficial do país SPA.
As cidades já estavam sujeitas a um recolher diário de 15 horas e estavam isoladas, tal como a capital Riad e a cidade de Jeddah, onde estão proibidas as entradas e saídas. Também está proibida a circulação entre as diferentes regiões.
De todos os países do Golfo Pérsido, a Arábia Saudita é o mais afetado pela pandemia da covid-19, com 1.885 infetados e 21 mortos registados até hoje.
No mês passado, a Arábia Saudita suspendeu a pequena peregrinação, a "umrah", que é feita entre Meca e Medina ao longo de todo o ano, mas as autoridades sauditas ainda não anunciaram se o "hajj", uma das maiores reuniões religiosas do mundo, se manterá este ano no contexto da pandemia.
Antes do cataclismo global causado pelo novo coronavírus, a Arábia Saudita esperava atrair cerca de 2,7 milhões de fiéis durante o "hajj" de 2020, de acordo com o portal na internet do Ministério da Peregrinação.
No ano passado, Meca recebeu 2,5 milhões de fiéis durante a grande peregrinação.