Este trabalho, realizado em cerca de 417 pacientes infetados (263 mulheres e 154 homens) com o novo coronavírus, mas de forma "não severa", mostra que 86% apresenta problemas de olfato (a maioria não sente mais nada) e que 88% tem problemas de paladar.
Os problemas olfativos surgem, normalmente, ao mesmo tempo do que os sintomas gerais da doença (tosse, dores musculares, perda de apetite e febre) e os sintomas otorrinológicos (dores faciais, nariz entupido).
Mas, por vezes, a perda do olfato ou do paladar ocorre depois dos outros sintomas (em 23% dos casos) ou antes (em 12% dos casos analisados).
Sem explicação aparente, as mulheres são mais sujeitas à perda do olfato do que os homens.
O estudo indica que quase metade dos indivíduos (44%) recuperou o olfato, num prazo relativamente curto de 15 dias.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 940.000 pessoas em todo o mundo, das quais mais de 47.000 morreram.
Dos casos de infeção, cerca de 180.000 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 508.000 infetados e mais de 34.500 mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos. Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 13.155 óbitos, em 110.574 casos confirmados até quarta-feira.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 209 mortes, mais 22 do que na quarta-feira (+11,8%), e 9.034 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 783 em relação à véspera (+9,5%).
Dos infetados, 1.042 estão internados, 240 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 68 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março, tendo a Assembleia da República aprovado hoje um prolongamento até ao final do dia 17 de abril.